sexta-feira, 25 de maio de 2012

Pequenas grandes vidas

Pequenas vidas, muito amor. Que somos nós? Quais os nossos verdadeiros problemas? Grayson James Walker Film Elliot Hartman Mooney - 9 dias de vida Our Daughter Lilly 1/10/08

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Texto original de candidatura de emprego.

Bons dias, Antes do mais, devo apresentar-me. Sou a mente do Pedro. O Pedro contou-me que era necessário escrever numa folha A4 as razões pelas quais ele deverias ser escolhido para o vosso estágio. Coitado, ele é muito imaginativo e inteligente, mas não tem a autoconfiana necessária e é demasiado humilde para falar das suas qualidades. Por esse facto, fiquei encarregada de o “vender”. Nada mais fácil quando faço parte indissociável do mesmo e no fundo me estou a “vender” a mim própria... ehehehehe Conheço o Pedro há 26 anos, embora ele me conheça há um pouco menos que isso. Na escola, quando novo, a professora e a mãe mimavam-no, por isso tornou-se uma pessoa que adora obter reconhecimento pelo seu trabalho. O Pedro aplicava-se tendo por “preço”, a atenção das figuras paternais , e das outras pessoas. O Pedro cresceu e econvenceu-se que queria ser rico. Boa idade para essas ideias: a meninice ( em que tudo podemos, inclusivé ser astronauta num país sem um Cabo Canaveral e uma NASA ). O Pedro tornou-se adolescente e ficou sem saber oque pretendia da vida, excepto que queria ser feliz.Descobriu que pouco na vida era o que parecia ser. Adorou as disciplinas de Filosofia e Ciências Sociais que lhe abriam as portas para os bastidores deste “Teatro”. A partir daí começou a relativizar muito e cada vez mais. Também se tornou divertido e adorava trocar provocações e trocadilhos, especialmente com as mulheres por quem se apaixonou. É engraçado como ás vezes uma sequência de frases entre 2 pessoas que medem forças e se provocam criam situações super-engraçadas, dignas de um episódio de “Seinfeld” ou do “Mad About You”. Ele chegava até a apontar num diário determinadas “tiradas” que considerava pérolas, em termos de inspiração, frutos da pressão do momento. Ele adorava ganhar as “briguinhas”. Acho que para ele o modelo de ínicio de relação era o par amoroso de Modelo e Detective, onde o sentimento amor-ódio era uma constante, e onde o tom provocador e conquistador do Bruce Willis se contrapunha à defesa segura da Cybill Sheppard. O Pedro descobriu a sua capacidade de argumentação da forma mais engraçada. Depois de se fazer passar por Cupido e convencer uma amiga a “curtir” num passeio com outro seu amigo, foi incumbido mais tarde por este , de falar com a anterior sobre um possível namoro. A amiga confessou-lhe a sua paixão, mas pelo Pedro. ( Ao que parece a argumentação foi superior ainda ao que o Pedro estava à espera). O Pedro escolheu a área de Economia em termos de carreira académica, mas apesar de se candidatar à Faculdade de Economia não foi capaz de esquecer um “bichinho” que tinha, um jeito para a expressão artística, pelo que assistiu a aulas de arte na Escola Soares dos Reis do Porto ao mesmo tempo que terminava o 12º ano. Concorreu ao curso de Design de Comunicação da Faculdade de Belas Artes do Porto (como escolha de recurso) mas a descarga de consciência não resultou em nada mais do que o sentimento de dever cumprido. Assim o Pedro entrou no ensino superior sim, mas na Faculdade Lusíada do Porto. Chegado lá, sentiu-se realizado, mas não integrado. Deve ter perdido um pouco o rumo, os objectivos que tinha anos atrás tinham perdido o “brilho”. Apesar disso, o Pedro lá foi andando e teve boas notas em algumas cadeiras que o entusiasmavam ou para as quais as suas capacidades eram essenciais. Ele considera-se um “idiota”, cheio de ideias, algumas das quais mal compreendidas. Lembra-se com prazer daquele exame de Marketing do ano passado onde teve de criar uma frase ou situação “possível” para uma campanha de telemóvel com camera da Nokia e onde escreveu: “Estou??? Miguel??!! Há quanto tempo que não te via!!!” Numa outra ocasião, em brincadeira com um amigo que tem uma loja de informática na qual exibia uma caixa de acrílico totalmente transparente e vazia, o Pedro referiu que com uma série de luzes de Natal no interior da mesma ( para que a sua transparência fosse “visível” e notória), se poderia escrever: “ Por 200 euros, o Natal deste ano chegará mais cedo”. Sempre fui muito usada pelo Pedro, mas muitas vezes o seu processo de pensamento escapa-me. É algo que considerava impossível. Surgem-lhe ideias não sei muito bem de onde, tal como se ele estivesse a sonhar acordado. Aliás é engraçado como ele se recorda de tantos dos sonhos que à noite, enquanto ele está a dormir, me divirto a criar. A originalidade e a imaginação são o seu maior trunfo, aliado a uma cons ciência da “irrealidade” da realidade, e da psicologia das massas o que pode ser muito útil à BBDO. Para além disos quero que o Pedro me leve a Lisboa, quero passear e conhecer outras mentes interessantes.
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