domingo, 20 de setembro de 2009

O arco-íris das amizades.






Quando éramos miúdos inocentes tudo era fácil.
As meninas eram meninas, diferentes sim, mas não seres enigmáticos e complicados de entender e conquistar. Brincava-se aos médicos e aos papás e mamãs sem problemas, sem consequências, só pelo prazer da descoberta, da partilha e da curiosidade.
Não pensávamos que estávamos em lados diferentes da barricada do amor e da sedução, só não entendíamos como é que elas eram um pouco diferentes de nós. Eram meias amaricadas...lol. Apenas não queriam que lhes mexessem nas bonecas e queriam a última Barbie, nós apenas pensávamos em futebol e no ultimo "action-figure".
Alguns anos depois tudo muda. O "peso" da adolescência e do sexo, cria a guerra. Elas sabem o que nós queremos e nós sabemos que elas não vão querer assim tão facilmente. Educadas para serem recatadas, entrincheiram-se e geralmente têm uma relação com a fisicalicade menos impulsiva do que nós. Nós tornamo-nos ardilosos e maquiavélicos...lol
Com o tempo, as batalhas vão sucedendo e alguma resultam em Armistícios e consequentemente casamentos ou outro tipo de relações formais duradouras. A partir desse momento ( em principio )quem está casado tem a porta de pelo menos um quarto aberta para não sentir mais a solidão manual. E os que ainda continuam no campo de batalha? Esses vão lutando aqui e ali á procura do "inimigo perfeito" para assinar. Enquanto não o encontram, querem saciar todas as curiosidades e necessidades com os errados. ( "Se não encontras a mulher certa, diverte-te com as erradas" - não sei quem disse, mas tinha a sua razão. )
Os errantes, têm as suas necessidades físicas e emocionais, bastantes normais e crescentes nos "intes" e "intas", e se calhar até nos "entas". Provavelmente cresce enquanto somos vivos. Errantes que encontraram vários casos, passaram por várias "guerras mundiais". Ás vezes as barreiras caem, e encontram um ponto de união. Mesmo sem darem tudo um ao outro, consideram importante e vantajoso para ambos, trocarem carinho, vivências, partilharem momentos, alegrias, cinema, restaurante, beijos semi-apaixonados, banco traseiro do carro e por vezes motel da zona ou a casa de um deles. Estar sozinho ás vezes é mais doloroso que erguer a bandeira branca e esperar pelo melhor. Ás vezes corre muito bem, as pessoas entendem-se, trocam essências, partilham as suas histórias, os seus problemas e conseguem-se fazer um pouco mais felizes um ao outro. Algo de errado? Absolutamente nada se ambos se derem na mesma medida. Se um não for buscar mais á relação do que o outro, ou um não pedir mais do que o outro está disposto a dar. Mas parece a melhor solução intermédia para ser só e sobreviver.
Há quem prefira esperar na trincheira pelo General Certo, não se envolvendo de forma alguma caso não haja sentimentos fortes, prenunciadores de um desfecho pacífico.
Gostava de vos recordar do texto sobre o beijo, e dizer...um beijo a mais é melhor que um beijo a menos.
Acredito que os indecisos e erráticos soldados esperam alguém que os faça ficar de joelhos, capitular e esquecer de que terra ou país são, mas tarda em aparecer.
Têm receio de serem enganados ou que a contra-parte não seja exactamente o que esperavam, pelo que a paz não vai ser duradoura, e vai provocar ainda mais mortos e mais dôr que a actual. Tantas vezes a paz aparente é perturbada por denúncias do tratado que estava em cima da mesa para posterior assinatura, por vezes em alguns anos.
Em suma, acredito que os "guerreiros repousados sob o arco-íris" podem ser uma grande amizade e fonte de crescimento pessoal enquanto as pernas não fraquejarem, se totalmente imbuídos do espírito de comunicação, solidariedade e respeito que une os amigos. Em vez de se esperar pelo inimigo na trincheira, uns dias é na trincheira dele, outras é na nossa. Viva a côr. ( Não, este texto não tem o patrocínio da Robialac ou da CIN)

sábado, 19 de setembro de 2009

Pssst!! Se faz favor....queria uma relação perfeita.




Bom dia. Já que estou vivo e me sinto só, queria uma pessoa quase perfeita para partilhar a vida.
Parece estranho, não? Nas nossas vivências precisamos, num ou noutro momento ou então sempre, de alguém com quem partilhar alegrias e problemas. Faz parte do ser humano, uma emotividade intensa. Uns disfarçam-na com o trabalho, com o amor a si próprio e egoísmo sentimental, mas existe sempre.
Esta sociedade de consumo onde somos bombardeados por imensa publicidade e todos os dias analisamos centenas de factos, comparando características, decidindo qual o melhor, mais barato, provamos marcas e satisfazemos a curiosidade do provar encontra de alguma forma um paralelo na nossa vida sentimental. Queremos uma mulher mistura de Beyonce com Katy Perry, com pozinhos de Katherine Heigl e a mente da Dra. do apoio sexual.
Mas encontramos alguém que nos diz algo...os olhos, o aspecto, a forma de falar, aquele sorriso, algo nos puxa irremediavelmente para o queremos para nós. Brinca-se com as palavras, joga-se a batalha da sedução e...ás vezes ganha-se. E é terrivelmente bom. A adrenalina e as hormonas inundam-nos nos primeiros beijos, nos primeiros toques, mas vamos conhecendo a pessoa e recebemos também tudo que ela tem, de bom e de menos bom. Com o tempo tendemos a desvalorizar o ser que temos ao nosso lado, e pior, a olhar para os novos "modelos que saíram este ano". Os beijos, os toques, a troca de prazer começa a não ser tão inesperada, a curiosidade perde-se um pouco. O que comparado com o desconhecido da pessoa que encontrámos no café ou a colega do emprego ou a empregado de bar onde se costuma ir, começa a perder terreno. Voltamos a ser o "descobridor", que quer saciar a curiosidade e fazer inverter vertiginosamente a montanha russa da sedução e da insinuação em que se converteu a nova "amizade". Todos queremos abrir a caixa, provar o queijo, podemos é entrar na ratoeira.
Que dizer á pessoa que tal como nós investiu na relação? Desculpa, mas passou? É só uma brincadeira e depois volto para ti? Sou de várias pessoas? É só sexo?
Talvez por este receio procuramos a melhor pessoa possível para nós, quase perfeita. Linda, inteligente, espirituosa, compreensiva, trabalhadora, sensual e uma fera na cama. Tudo para nos precaver de matar as curiosidades que um dia nos vão aparecer, e poder ganhar a luta entre manter o excelente modelo velho que temos ou provar o novo desconhecido modelo.
Todas as desculpa são boas para evitar queremos descobrir a novidade. Para o homem é mais complicado resistir aos encantos do que ainda não se provou. Porquê? Porque temos tendência a querer provar várias para descobrir quem queremos amar. Porque, na nossa cabeça,sermos amados por várias significa que somos excelentes homens, e porque no nosso crescimento não fomos habituados a controlar o apetite pelo fruto proibido, mas antes a fazer crescer a ânsia de o comer, porque "é de homem". A mulher tende a não sobrevalorizar características sexuais. Ama e tenta amar até ao fim, amenizando os defeitos.Provavelmente prefere a estabilidade, a segurança de uma relação construída, o pai para os filhos. Acho que o amor feminino é mais puro, mas emotivo,embora já o tenha sido mais... O homem é menos capaz de se sacrificar pela estabilidade da relação, pela sua leveza de consciência ( principalmente porque parece ser capaz de comer fora e entrar em casa com toda a leveza do mundo perguntando se a comida está pronta ). É capaz também de ir buscar pão á padeira, peixe á peixeira, e carne á mulher do talhante, sendo que em casa tem a esposa que trata dos filhos, sem a tratar como o hipermercado que consegue ser.
Os homens gostavam de casar com a mulher quase perfeita. Porquê quase perfeita? Porque se fosse perfeita seria complicado atirar-lhe á cara algum defeito ou perceber que ela estava sempre certa e ele errado.
A mulher também não deve querer o homem perfeito dado que seria bastante complicado guardar aquele "naco de carne" de todas as leoas descomprometidas ou não, carentes por um homem a sério, que as trate como pessoas a sério.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Caros pais...( para reler quando eu for pai , e ele(a) tiver 15 anos )





Começo a sentir a vontade de ter filhos...
É algo que não esperava. A ideia de poder ter um ser que aprende comigo, para quem eu sou importante, que me ama e precisa da minha ajuda começa a seduzir-me mais do que a ideia que terei de dedicar parte da minha vida a tratar dele, a mudar-lhe as fraldas e dar-lhe de comer.
Sinto alegria em brincar com a minha sobrinha, continuo a ser um "puto" grande pelo que brincar é inerente á minha natureza. Imaginar isto e aquilo, fazer aquela careta ou o té-té..
Mas eles crescem...e eles tornam-se semelhantes a nós.
A minha vontade de ter filhos passa também pelo desafio de tentar fazer mais do que o que os meus pais fizeram por mim. Não me posso queixar de quase nada, foram pais extremosos e preocupados. Apenas posso dizer que tomei para mim o sentido critico e auto-critico que tanto seguíam, que tem consequências boas e más.
De qualquer modo...
Que fazer quando o filho/a cresce?
No meu entender, é necessário relembrar sempre a nossa própria juventude na tentativa de educação saudável dos nossos filhos. Tendo isso em mente, o nosso rebento vai crescer e ser submetido a vários meios, vai sentir impulsos e tentar perceber como viver neste mundo. Os pais ficarão divididos entre "controlar" os filhos, e "dirigir" o seu crescimento, impedindo que eles sejam submetidos a alguns problemas ( assim julgam eles ) ou então deixar o filho ultrapassar todos os problemas de forma autónoma. Uma espécie de divisão entre o estado Comunista e o Estado Liberal na Economia.
Dada esta divisão, a minha teoria é esta: nenhuma informação é "too much information".
Quando os miúdos e miúdas tiverem idade ( e terão mais cedo que que pensamos ), convém dar-lhes alguma liberdade, mesmo que seja para levar algumas lambadas da vida, mas sempre com a consciência e a informação de que elas existem.
Os pais muitas vezes não se apercebem, ou apercebem-se tarde demais ( com consequências nefastas a nível psicológico para o filho )de que as limitações morais, de comportamento e hábitos, que impõem aos filhos, especialmente no caso do sexo feminino, os castra e os impede de "crescer". Muitas vezes, já com idade para serem mães , querem que as filhas sejam ainda "virgens", mas que encontrem um "marido bom" rapidamente. Bons maridos, já não há muitos, e não andam das 8 da manhã ás 23 da noite na rua. É nesta altura que os pais e mães deveriam pensar no que estava a fazer, ou tinham vontade de fazer com a idade deles, e até fizeram mas não contam a ninguém.
Devassidão? Existe. Em conta e medida correcta, é necessário. Quem decide a quantidade? Cada um de nós após a maioridade. A total inexistência da liberdade afectiva e sexual pode resultar em problemas complicados a nível emocional e estrutural nas pessoas, acredito eu. Nesta sociedade de pressão, desde a tenra idade, são os pequenos hobbies e alegrias, nas quais se incluem também namorar, beijar e fazer sexo, que nos permitem ser um pouco mais felizes.
A falta de liberdade é tão grave quanto a liberdade levada ao extremo, pode resultar em problemas tão ou mais graves. Aos 30-40 anos, muitas mulheres pensam...devia ter lutado mais pela minha vida, ser mais rebelde provavelmente seria mais feliz.
Só há uma idade para fazer as coisas. É esta. A idade anterior já passou, não volta.
Há doenças, há gravidezes inesperadas, há predadores emocionais e sexuais. Sim há isso tudo. Mas, acredito que a melhor forma de os reconhecer, de ultrapassar os problemas é ser submetido aos problemas. Da mesma forma que as vacinas são pequenas doses de vírus.
Não castrem os miúdos, não os impeçam de errar, com alguma rede de segurança, senão corre-se o risco de eles não terem auto-estima, auto-conhecimento emocional e sexual, e capacidade de enfrentar os tubarões e leões deste mundo.
Este mundo é cada vez mais complexo, mais complicado, e não é fácil triunfar nele, profissionalmente, familiarmente e emocionalmente. Se o miúdo tiver os pais como apoio e maiores amigos e fãs, ao invés de os seus maiores críticos e opressores, quase com certeza terá uma personalidade estruturada, forte e capaz de passar o mesmo aos vossos netos.
Deixem os miúdos fazer as asneiras todas antes de casar, não vão eles ganhar vontade depois.
Palavras de um teórico, lírico talvez, mas muito esperançado.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Por falar em Beyonce...

Adoro as músicas desta cantora...
Deixo-vos algumas das músicas que me "abanam todo". Desafio-vos a não dançar :-D

Uma antiguinha, mas cheia de alma e ritmo. Com Sean Paul, um dos melhores no Dancehall Jamaicano. Reparem só no alçar de perna da Beyonce aos 3 minutos...que style..lol



Esta não me sai da cabeça apesar de ter um sampler do Beat it de Michael Jackson. :-)




Lindo...e a letra...demais.

VMA Tão surreal que parece combinado...O duro, a humilde e a nobre.

Tinha de escrever acerca disto...A estupidez do Kanye West , a humildade de Taylor Swift ( 19 anos ) e a nobreza de Beyonce. Não basta ser rico e famoso, é bem melhor quando se mantém o coração de uma pessoa boa.



A miúda ganha o prémio de melhor video feminino e o parvo vem dizer que a Beyonce tem o melhor video de sempre.

A Senhora Beyonce remata a noite com o prémio de melhor video do ano e mostra ( não sei se combinado ou não ) como é ter alma e nobreza para com uma outra pessoa e os seus sentimentos. Mostra que pode-se ser rico e famoso e manter a decência do SEr Humano.
A concorrência feroz neste mundo, quer no do espectáculo, quer no nosso, não deve dar lugar a atropelos. Tirar o tapete ou rasteirar a pessoa que tem mérito é dos piores actos para esta sociedade. É pena que a justiça nestes VMA'S não aconteça sempre neste nosso mundo.