domingo, 27 de dezembro de 2009

TAP e ANA em prenda de Natal - FlashMob

A TAP e a ANA desejam-nos um bom Natal...com dança e boa disposição.
Celebrando a Felicidade e a Música.



Uma das primeiras iniciativas públicas...publicidade á T-Mobile.



FlashMob para festa de abertura da Série 24 da Oprah...dedicada pelos Black Eyed Peas



Bom Natal!!!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Pela boca morre o... Berlusconi.

A agressão é algo de errado, seja em que situação for, mas...a verdade é que algumas pessoas necessitam de um "azar" para perceber o tipo de acções que andavam a tomar.
O Sr. Silvio Berlusconi, o 2º homem mais rico de Itália, um magnata da comunicação, de posições bastante questionáveis e atitudes machistas e prepotentes já estava a merecer um abanão. Ele veio na forma de uma estátua da catedral de Milão, mas espero que o tribunal italiano abane um pouco mais a árvore, para ver se caiem maçãs podres, agora que o tribunal constitucional lhe retirou a imunidade.



É verdade que continua a ser um ser humano, simbolo institucional de Itália e não deve ser agredido, mas não deixa de ser sugestivo que a agressão tenha resultado em lacerações nos lábios e boca. Além disso é de realçar que os supostos problemas mentais de Massimo Tartaglia não lhe retirou a pontaria. A estátua passou entre as cabeças de 2 pessoas.



A nossa "infeliz vitima", é o mesmo Sr. que:
1 - está acusado por vários crimes financeiros aos quais tentou fugir através da alteração da constituição;

2 - nomeou várias mulheres bonitas para cargos politicos ao seu redor para tornar o Governo mais "atraente";



3 - fez festas na sua Villa, rodeado de damas de companhia;



4 - foi "namorado" de uma menina de 18 anos ( se é que já os tinha e se é que foi a única) que provocou o divórcio com a sua mulher;



5- Fez figuras tristes em vários momentos como deixar à espera a Chanceler Angela Merkl na cimeira da Nato, brincar ás escondidas com ela noutro encontro, e dizer ao President Sarkoky numa conferência de imprensas que a Itália lhe deu a esposa dele, a Carla Bruni; ou então chamar o Presendente Obama de "bronzeado".









6 - declarou que a situação dos desalojados do terramoto em Itália era como um acampamento e brincou perguntando se podia "apalpar um pouco a senhora" da Protecção Civil;





7 - Saiu de uma entrevista em que queria forçosamente terminar de responder à pergunta anterior;



8 - Chamou "guarda de campo de concentração" a um colega austriaco no Parlamento Europeu.



9 - Referiu que as violações são inevitáveis dado que não se pode ter um policia para cada italiana bonita;



10 - Fez comentários impróprios em relação a uma filha de Darina Pavlova, dizendo ao Primeiro Ministro da Bulgária "sabes como eu gosto de miúdas"



11 - E para terminar em beleza:

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Twilight e Lua Nova - Buffy e Angel encontram Underworld




Invejo as pessoas que conseguem ganhar dinheiro inventando uma moda, criando uma tendência. Tal aconteceu com o Harry Potter de JK Rowling, agora é tudo que estiver relacionado com vampiros. True Blood,Os Diários do Vampiro, o Circo dos Horrores: O Assistente do Vampiro surgiram depois do sucesso de Buffy A Caçadora de Vampiros. A caçadora era uma mulher forte e lutadora, mas já havia um vampiro emocional em Angel. Haverá algo mais excitante para os homens do que uma garota sexy e bonita que luta de igual para igual com um homem ou, para as mulheres, um poderoso e sexy vampiro que tem uma certa relutância em morder o pescoço de uma mulher, porque ele a ama? Ele tem sede de sangue, certo? Ele pode controlar sua sede quase incontrolável por causa do amor...que lindo. E romântico. Se ao menos os homens pudessem controlar a sede de sexo como o Robert Pattinson faz ... (percebem a mensagem?).
True blood explorava o sexo, Underworld explorou os gráficos incríveis e possibilidades da luta entre lobisomens e vampiros inicializada em Van Helsing. Stephanie Meier explora os problemas e dificuldades do amor adolescente, e, especialmente, entre espécies diferentes, uma menina e um vampiro ou um lobisomem, ou poderíamos dizer, entre um homem e uma mulher. Parece que hoje em dia o amor é tão duro como se fosse a paixão por um vampiro. Amor e Morte: os ingredientes de uma grande história, Romeu e Julieta. Há somente uma vida para amar,nada dura para sempre, e o amor parece durar cada vez menos.
Eu não gostei muito do filme , mas também não estava à espera de uma grande coisa. Talvez eu esteja a ficar velho :-). É difícil de acreditar no amor ideal quando vamos aprendendo como é a vida através de alguns relacionamentos, e também acho que o filme não traz muito de novo. Existem verdadeiros vampiros que sugam o sangue, dinheiro, sexo e trabalho de outros seres humanos, e eles não precisam disfarçar ou esconder-se de dia. E não há muitos homens que não usaria uma mulher para satisfazer as suas necessidades.
Há uma grande questão que podemos equacionar. Se Romeu e Julieta se tivessem casado, será que ele a iria enganar ou será que ela ia perceber que ele não seria o homem que ela sonhou? Será que em alguns anos não ia resultar em divórcio? A paixão é mais forte quando proibido, quando não podemos tê-lo, quando precisamos de mover o mundo para obtê-lo.
Será o amor adolescente?...ou seremos adolescente para sempre?

sábado, 12 de dezembro de 2009

Tiger Woods e os buracos...



Segundo os tablóides e noticias dos EUA, são já 13 as mulheres que afirmam ter sido amantes de Tiger Woods, algumas das quais actrizes porno que afirmam ter vendido os seus serviços. Que conveniente para os jornalistas, para as mulheres, e para nós. Uns vendem mais, outras vendem-se mais e os últimos sentem-se menos vendidos.
Um homem jovem e bem parecido, com uma esposa linda, uma das melhores carreiras de desportista no golfe, mas afinal é humano...
Se for verdade, há uma competição feroz entre o número de buracos de um campo de golfe, 18, e o número de buracos que o Sr utilizou, sendo que o taco deve ter sido sempre o mesmo mas aposto que o número de tacadas para um dos casos foi bastante superior.
Tudo isto, até um pouco este texto, espressa a inveja e a sede de sangue que os meros anónimos como nós temos pelos famosos. A admiração rapidamente se converte em "eu já sabia", "tinha que ser adúltero".
A verdade é que mais dinheiro, menos dinheiro, mais fama, menos fama, somos todos vulneráveis aos vicios e desejos. No caso de Tiger, o da carne...ou o do sentimento de paixão novamente.
" I want it all, and i want it now" começa a ser a divisa de toda a humanidade.
Espero que o ser humano Tiger Woods possa voltar a ser emocionalmente e profissionalmente feliz, porque apesar de tudo tem um dom, e deve usá-lo. E principalmente porque tem uma familia que necessita dele. Quanto a nós, invejosos, nem temos os milhões de fortuna que ele tem, nem as mulheres que ele teve.
Mais um ser humano a sofrer a consequência dos seus erros, com a diferença que como tem imensa fama, o faz em praça pública.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Krishna





Há alguns anos, no pico da tristeza, da depressão ou não, encontrei um "comprimido".
(Some years ago, in the peak of sadness, on depression or not, i found a "pill" )
Dizem que os mantras, repetidos com insistência permitem alcançar um nivel de paz interior, clarividência e bem estar emocional e fisico. A verdade é que ajudou.
Sem qualquer carácter divino, ouvi e cantei.
O Budismo e hinduismo, apregoando a meditação e uma forma austera e sem tantos desejos mundanos permitem obter mais harmnia neste mundo competitivo, exigente e de auto-destruição. Permite ao mesmo tempo a comunhão espiritual com outras pessoas.
Sem aprofundar muito, convido-os a ouvir algumas músicas de Krishna Das.

A tradicional ...



A exploratória...



Om Namah Shivaaya
Shivaaya namaha,
Shivaaya namah om
Shivaaya namaha, namaha Shivaaya
Shambhu Shankara namah Shivaaya,
Girijaa Shankara namah Shivaaya
Arunaachala Shiva namah Shivaaya

As que nos põe a dançar e nos levanta para algum outro lado...










Explorem as canções de Krishna Das, quem sabe vos ajude...
Encontrem o equilibrio, nos piores dias

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

"And i think to myself,what a wonderfull world"...we could be.

Do quase nada, somos algo. ( From almost nothing, we are something )
Do unicelular transformamo-nos em algo único. ( From the unicellular, we transform in something unique )
Temos uma "casa" linda, com espécies extraordinárias. ( We have a beautiful "house", with extraordinary species )
Somos seres pensantes. ( we are thinking beings )
Podiamos ser uma raça exemplar. ( We could be an exemplar race )
Ás vezes vemos de relance o que poderiamos ser... ( Sometimes we see in a glance what we could be )
Já toda a gente viu, mas convém realçar o que nos inspira... ( I think everybody saw this, but it is worth to underline what inspire us ...)

http://www.wherethehellismatt.com/



A explicação... ( The explanation...)



Seria um embuste?... ( Was it a hoax?..)



Para quem gosta da música...( For those who like the music )



Bhulbona ar shohojete
Shei praan e mon uthbe mete
Mrittu majhe dhaka ache
je ontohin praan

Bojre tomar baje bashi
She ki shohoj gaan
Shei shurete jagbo ami
(Repeat 2X)

Bojre tomar baje bashi
She ki shohoj gaan
dao more shei gaan

Shei jhor jeno shoi anonde
Chittobinar taare
Shotto-shundu dosh digonto
Nachao je jhonkare!

Bojre tomar baje bashi
She ki shohoj gaan
Shei shurete jagbo ami
(Repeat 3X)

Bojre tomar baje bashi
She ki shohoj gaan
Shei shurete jagbo ami

Bojre tomar baje bashi
She ki shohoj gaan
dao more shei gaan

Footnote:

The lyrics are based off a poem.
From Gitanjali by Rabindranath Tagore (sung by Palbasha Siddique).

“Stream of Life”

The same stream of life that runs through my veins night and day
runs through the world and dances in rhythmic measures.

It is the same life that shoots in joy through the dust of the earth
in numberless blades of grass
and breaks into tumultuous waves of leaves and flowers.

It is the same life that is rocked in the ocean-cradle of birth
and of death, in ebb and in flow.

I feel my limbs are made glorious by the touch of this world of life.
And my pride is from the life-throb of ages dancing in my blood this moment.

E eu penso para mim mesmo, que lindo mundo...que poderíamos ser.
( And i think to myself, what a wonderfull world...we could be.)

Façam a vossa parte. ( Do your part. )

domingo, 22 de novembro de 2009

Suportar o Síndrome "Dead Man Walking"





Boas Zé...
Quando foste, dia 4 de Fevereiro de 1996, abanaste o mundo de muita gente, inclusive o meu.
Foi uma das machadadas nas crenças religiosas, e um culminar das interrogações ácidas que me inundavam pela leitura da Bíblia e análise dos factos e probabilidades. Acordei da sensação de imortalidade e caminhada rumo a uma pesagem de actos, e caí na racionalidade extrema de um ser pensante, mas igual a todos os outros nesta Terra. Doeu. Assistir à morte de avós marca, mas, ser atingido pela noticia de uma morte inesperada de uma pessoa jovem e diariamente presente na minha vida é mais impactante. Dizem que a Natureza não dá saltos evolutivos, mas a fila para a reciclagem não é linear, dá saltos nos números e saltos bem visíveis.
Sempre fui ingénuo e lírico, e a esses a vida dá socos no estômago com fartura.
Não pude evitar deixar de pensar que fui um afortunado, porque apesar da relatividade da situação, a ti foi-te dado apenas 20 anos para viver. Se 80 anos é pouco, o que dizer de 1/4 disso? Não é fácil nem saudável enumerar todas as experiências que te faltou concretizar e saborear nesta vida. Tinhas solidez e apoio familiar, inteligência e destreza suficiente para seres um homem realizado e bem sucedido. Mas o raio caiu, e caiu bem ao meu lado. Deu para ouvir o trovão a estourar-me os tímpanos, com um milésimo de segundo de diferença com o clarão.
A seguir sou eu. Não interessa quando, mas sou a seguir. O problema é mesmo esse...somos a seguir. Nem interessa bem qual é o número, pois a chamada é aleatória, mas somos a seguir, e a Natureza não se esquece de nós. "Sooner or later God's gonna cut you down" cantava Jonnhy Cash. Se fosse Deus eu nem me importava muito. Preocupo-me e tento tratar o meu semelhante como acho que é suposto ser tratdo por ele, daí que seria considerado um aluno regular na escola de Deus. Mas ao que me parece Deus apareceu com a primeira centelha de inteligência, imediatamente a seguir ao medo de morrer. O homem tomou consciência de que se o "Zé" dele morreu, ele corria o mesmo risco de partilha de destino. Mas se ele lhe era assim tão importante, obviamente que haveria algo depois, pelo que o deveria sepultar, em posição de "feto adormecido" com as suas ferramentas, jóias e armas.
Mas, e quem perdeiu a esperança de ser "filho protegido de Deus"? Quem olha para o braço e vê "tatuado o número seguinte"? Como se vive a prazo? Como se saboreia as férias que acabam em dia incerto, mas que sabemos que acaba? Como se corre sendo que somos "dead man walking"? Há o suposto antídoto "Carpe Diem". Dificil de engolir, cada vez mais quanto mais os anos passam. Provavelmente é por isso que a Natureza nos faz definhar, nos inutiliza aos poucos. Para que estejamos já tão diferentes do que fomos um dia, e tão debilitados que aceitamos a inevitabilidade de termos de morrer. Sentimos a falência iminente.
E a questão principal? Como se vive? Provavelmente olhando 10 metros em frente, em vez de alguns kilómetros, para que não se possa ver o precipício. Ou então olhar para o lado e perceber que a galé está cheia de "condenados" nas mesmas condições e alguns ainda são mais chicoteados do que nós e remam apenas com um braço dado que o outro já lhes foi tirado. Mas eu não sou o Ben-Hur. Só consigo ver o que não tenho, bem como a maioria desta geração ocidental. E por isso somos tão infelizes. Temos telemóvel, computador portátil, 200 canais, podemos comer alimentos de quase todo o mundo, mas há dias em que nos deitamos com menos felicidade (caso houvesse uma forma de o medir), do que os nossos avós após um dia extenuante de trabalho no campo. Suados, com calos doridos, mas com esperanças, sensação de concretização e dever cumprido. Saber demais não traz felicidade, talvez seja essa a mensagem da parábola de Adão e a sua Maçã. Ter demais também não a traz, mas sim não o ter e consegui-lo hoje, e conseguir amanhã, e querer ainda mais para a semana. Ter conseguido ontem, vai-se dissipando no tempo. A que soube o dia de ontem? A pouco, a quase nada, um pouco mais que o anteontem e o dia especial da semana passada. O Hoje é mais intenso. O Agora é especial. E o Hoje pode ser concretizador ou um insatisfeito momento. Tal como na cantiga de Sérgio Godinho, sabendo-nos a pouco. O Amanhã traz-nos o incerto, a esperança ou o negro futuro. O condenado espera apenas o dia da execução, cada dia que passa é menos um dia, a meta aproxima-se, já vê o manto escuro e o brilho da foice. Assim somos nós, se pensarmos bem nisso. Mas não convém. Antecipar a dôr de barriga enquanto se come retira o sabor da comida.
A despreocupação da criança dentro de nós é bem mais saudável que deixar sair o "velho", o ser consciente da sua perecibilidade e da relatividade de tudo que aqui se passa.Somos tal como uma pequena chama de um fogo, nasce, extende-se e extingue-se num ápice e ninguém a percebe a menos que tenha tocado alguém. Podemos tocar, aquecer ou queimar amigos e família, conhecidos e quem passa pelas nossas vidas. Para todos os restantes somos basicamente invisiveis. Quando era miúdo queria ser famoso, para assim ser menos mortal, ficar algo meu neste mundo, ser admirado pelas gerações futuras. Também não adianta de muito. Mas devo reconhecer que a semi-imortalidade de actores ou beneméritos famosos me continua a atrair, até porque continuo a idolatrar alguns deles. A morte mete-nos medo e fascina-nos. Criou todo um universo de crenças, de figuras mitológicas, de explicações de fuga, de interações. Mas a morte é a morte, seca e directa. Só se pode queixar da morte quem alguma vez foi vivo, e nem todos serão vivos algum dia.
Não tenho a solução para o que o titulo deste texto antevia... Mas a vela só tem a bonita chama se queimar a cera, e a cera vai acabar, e entretanto tudo é quente e luminoso. Enquanto escrevi, estes 2 dias, a dor diminuiu. Encontrar a forma de dominuir a dor talvez seja o caminho...

domingo, 15 de novembro de 2009

Robert Henke - 1977-2009 - 10 Novembro 2009



O nome do meu blog deveria ser penso&sintoblogovivo. O pensar e o sentir, como faces da mesma moeda permitem-nos existir, viver e querer viver. No caso do ser humano Robert Henke, olhamos para o seu percurso de vida e interrogamo-nos acerca das razões e desespero que o terá levado a cometer tal acto, tomamos consciência de vários factos.
Ser jovem, bem sucedido e ter um bom futuro, não é sinónimo de felicidade.
Felizmente e infelizmente a felicidade é relativa.
Somos uma massa de carne pensante e emotiva, que sente prazer e dor, anseios e angústias, desejos e frustrações diárias que moderam o nosso grau de felicidade. Há um ponto tal no nosso grau de felicidade e esperança que nos parece levar ao suicídio. Provavelmente em algum momento já todos pensamos nisso ou vamos pensar. Vemos o futuro nubloso, sem grande coisa para nos dar, sentimo-nos um peso para os nossos, e perdemos a noção da razão pela qual cá andamos. Recordo-me de ter estudado Emile Durkheim e a sua teoria de suicídio (http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Suicídio), e tendo a concordar com ele. Mas o que me interessa mais são os extremos, do suicídio egoísta e do suicídio altruísta que me parecem mais comuns na nossa sociedade ocidental. Especialmente os desarticulados pela sociedade, deixados à sua sorte pela idade ou circunstâncias da vida ou então os incapazes de corresponder ao que esperavam de si mesmos e à noção do que a sociedade esperava deles. Deixo de fora o que chamo de suicídio activo, em que o acto provoca consequências maiores que a reacção emotiva de familiares, amigos ou sociedade resultando em acções como mortes de outros ou danos físicos. Pessoas convictas e desesperadas como homens-bomba ou auto-imolações são casos de coragem, desespero ou protagonismo social bem diferente do "anónimo" suicídio passivo. Aqui o individuo sente o falhanço, o desespero do "nada" do futuro e decide que o 0 é melhor que o -1 ou -2 do futuro.
Segundo as noticias, o jovem alemão de 32 anos estava em depressão desde 2006, e muito influenciado pela morte da sua filha de 2 anos que padecia de má formação congénita do coração. Pensou, sentiu a vida, e apesar de tudo que tinha e ainda poderia vir a ter no futuro, pensou que o melhor era deixar este mundo. Provavelmente e dado ter deixado um bilhete para amigos e familiares, sentiu que todos iriam ficar melhor sem ele e ele já não se sentia bem cá. Precisava de ajuda que nunca quis talvez por causa de pensar que ninguém quereria um guarda-redes depressivo ou ele próprio não se permitisse a sentir falhado. O depressivo sente-se diferente, anormal, incapaz. No entanto, somos todos alvos fáceis do problema, especialmente os mais sensíveis, mais pensadores, mais auto-críticos e ansiosos pela "normalidade". Nisso os crentes têm razão, morrer com Deus no coração é mais fácil. Acreditar num inicio depois do fim acalma quem vai e quem fica.
A vida era tua, decidiste o que fazer para "melhorar" as coisas. Espero acreditar durante muito tempo que tomaste a opção errada. Deixas uma marca na sociedade da qual foste parte integrante. Tinhas qualidades como pessoa e profissional. Alguém que decide acolher alguns cães na sua casa em Portugal, ao invés de se preocupar com as mundanidades próprias de um jogador de futebol, só pode ter a minha mais alta consideração. A despedida foi bonita, a morte deixa uma mensagem...espero que muitos aprendam com ela. Eu li a minha parte da mensagem.
RIP...Mein Freund in diesem Leben.

domingo, 20 de setembro de 2009

O arco-íris das amizades.






Quando éramos miúdos inocentes tudo era fácil.
As meninas eram meninas, diferentes sim, mas não seres enigmáticos e complicados de entender e conquistar. Brincava-se aos médicos e aos papás e mamãs sem problemas, sem consequências, só pelo prazer da descoberta, da partilha e da curiosidade.
Não pensávamos que estávamos em lados diferentes da barricada do amor e da sedução, só não entendíamos como é que elas eram um pouco diferentes de nós. Eram meias amaricadas...lol. Apenas não queriam que lhes mexessem nas bonecas e queriam a última Barbie, nós apenas pensávamos em futebol e no ultimo "action-figure".
Alguns anos depois tudo muda. O "peso" da adolescência e do sexo, cria a guerra. Elas sabem o que nós queremos e nós sabemos que elas não vão querer assim tão facilmente. Educadas para serem recatadas, entrincheiram-se e geralmente têm uma relação com a fisicalicade menos impulsiva do que nós. Nós tornamo-nos ardilosos e maquiavélicos...lol
Com o tempo, as batalhas vão sucedendo e alguma resultam em Armistícios e consequentemente casamentos ou outro tipo de relações formais duradouras. A partir desse momento ( em principio )quem está casado tem a porta de pelo menos um quarto aberta para não sentir mais a solidão manual. E os que ainda continuam no campo de batalha? Esses vão lutando aqui e ali á procura do "inimigo perfeito" para assinar. Enquanto não o encontram, querem saciar todas as curiosidades e necessidades com os errados. ( "Se não encontras a mulher certa, diverte-te com as erradas" - não sei quem disse, mas tinha a sua razão. )
Os errantes, têm as suas necessidades físicas e emocionais, bastantes normais e crescentes nos "intes" e "intas", e se calhar até nos "entas". Provavelmente cresce enquanto somos vivos. Errantes que encontraram vários casos, passaram por várias "guerras mundiais". Ás vezes as barreiras caem, e encontram um ponto de união. Mesmo sem darem tudo um ao outro, consideram importante e vantajoso para ambos, trocarem carinho, vivências, partilharem momentos, alegrias, cinema, restaurante, beijos semi-apaixonados, banco traseiro do carro e por vezes motel da zona ou a casa de um deles. Estar sozinho ás vezes é mais doloroso que erguer a bandeira branca e esperar pelo melhor. Ás vezes corre muito bem, as pessoas entendem-se, trocam essências, partilham as suas histórias, os seus problemas e conseguem-se fazer um pouco mais felizes um ao outro. Algo de errado? Absolutamente nada se ambos se derem na mesma medida. Se um não for buscar mais á relação do que o outro, ou um não pedir mais do que o outro está disposto a dar. Mas parece a melhor solução intermédia para ser só e sobreviver.
Há quem prefira esperar na trincheira pelo General Certo, não se envolvendo de forma alguma caso não haja sentimentos fortes, prenunciadores de um desfecho pacífico.
Gostava de vos recordar do texto sobre o beijo, e dizer...um beijo a mais é melhor que um beijo a menos.
Acredito que os indecisos e erráticos soldados esperam alguém que os faça ficar de joelhos, capitular e esquecer de que terra ou país são, mas tarda em aparecer.
Têm receio de serem enganados ou que a contra-parte não seja exactamente o que esperavam, pelo que a paz não vai ser duradoura, e vai provocar ainda mais mortos e mais dôr que a actual. Tantas vezes a paz aparente é perturbada por denúncias do tratado que estava em cima da mesa para posterior assinatura, por vezes em alguns anos.
Em suma, acredito que os "guerreiros repousados sob o arco-íris" podem ser uma grande amizade e fonte de crescimento pessoal enquanto as pernas não fraquejarem, se totalmente imbuídos do espírito de comunicação, solidariedade e respeito que une os amigos. Em vez de se esperar pelo inimigo na trincheira, uns dias é na trincheira dele, outras é na nossa. Viva a côr. ( Não, este texto não tem o patrocínio da Robialac ou da CIN)

sábado, 19 de setembro de 2009

Pssst!! Se faz favor....queria uma relação perfeita.




Bom dia. Já que estou vivo e me sinto só, queria uma pessoa quase perfeita para partilhar a vida.
Parece estranho, não? Nas nossas vivências precisamos, num ou noutro momento ou então sempre, de alguém com quem partilhar alegrias e problemas. Faz parte do ser humano, uma emotividade intensa. Uns disfarçam-na com o trabalho, com o amor a si próprio e egoísmo sentimental, mas existe sempre.
Esta sociedade de consumo onde somos bombardeados por imensa publicidade e todos os dias analisamos centenas de factos, comparando características, decidindo qual o melhor, mais barato, provamos marcas e satisfazemos a curiosidade do provar encontra de alguma forma um paralelo na nossa vida sentimental. Queremos uma mulher mistura de Beyonce com Katy Perry, com pozinhos de Katherine Heigl e a mente da Dra. do apoio sexual.
Mas encontramos alguém que nos diz algo...os olhos, o aspecto, a forma de falar, aquele sorriso, algo nos puxa irremediavelmente para o queremos para nós. Brinca-se com as palavras, joga-se a batalha da sedução e...ás vezes ganha-se. E é terrivelmente bom. A adrenalina e as hormonas inundam-nos nos primeiros beijos, nos primeiros toques, mas vamos conhecendo a pessoa e recebemos também tudo que ela tem, de bom e de menos bom. Com o tempo tendemos a desvalorizar o ser que temos ao nosso lado, e pior, a olhar para os novos "modelos que saíram este ano". Os beijos, os toques, a troca de prazer começa a não ser tão inesperada, a curiosidade perde-se um pouco. O que comparado com o desconhecido da pessoa que encontrámos no café ou a colega do emprego ou a empregado de bar onde se costuma ir, começa a perder terreno. Voltamos a ser o "descobridor", que quer saciar a curiosidade e fazer inverter vertiginosamente a montanha russa da sedução e da insinuação em que se converteu a nova "amizade". Todos queremos abrir a caixa, provar o queijo, podemos é entrar na ratoeira.
Que dizer á pessoa que tal como nós investiu na relação? Desculpa, mas passou? É só uma brincadeira e depois volto para ti? Sou de várias pessoas? É só sexo?
Talvez por este receio procuramos a melhor pessoa possível para nós, quase perfeita. Linda, inteligente, espirituosa, compreensiva, trabalhadora, sensual e uma fera na cama. Tudo para nos precaver de matar as curiosidades que um dia nos vão aparecer, e poder ganhar a luta entre manter o excelente modelo velho que temos ou provar o novo desconhecido modelo.
Todas as desculpa são boas para evitar queremos descobrir a novidade. Para o homem é mais complicado resistir aos encantos do que ainda não se provou. Porquê? Porque temos tendência a querer provar várias para descobrir quem queremos amar. Porque, na nossa cabeça,sermos amados por várias significa que somos excelentes homens, e porque no nosso crescimento não fomos habituados a controlar o apetite pelo fruto proibido, mas antes a fazer crescer a ânsia de o comer, porque "é de homem". A mulher tende a não sobrevalorizar características sexuais. Ama e tenta amar até ao fim, amenizando os defeitos.Provavelmente prefere a estabilidade, a segurança de uma relação construída, o pai para os filhos. Acho que o amor feminino é mais puro, mas emotivo,embora já o tenha sido mais... O homem é menos capaz de se sacrificar pela estabilidade da relação, pela sua leveza de consciência ( principalmente porque parece ser capaz de comer fora e entrar em casa com toda a leveza do mundo perguntando se a comida está pronta ). É capaz também de ir buscar pão á padeira, peixe á peixeira, e carne á mulher do talhante, sendo que em casa tem a esposa que trata dos filhos, sem a tratar como o hipermercado que consegue ser.
Os homens gostavam de casar com a mulher quase perfeita. Porquê quase perfeita? Porque se fosse perfeita seria complicado atirar-lhe á cara algum defeito ou perceber que ela estava sempre certa e ele errado.
A mulher também não deve querer o homem perfeito dado que seria bastante complicado guardar aquele "naco de carne" de todas as leoas descomprometidas ou não, carentes por um homem a sério, que as trate como pessoas a sério.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Caros pais...( para reler quando eu for pai , e ele(a) tiver 15 anos )





Começo a sentir a vontade de ter filhos...
É algo que não esperava. A ideia de poder ter um ser que aprende comigo, para quem eu sou importante, que me ama e precisa da minha ajuda começa a seduzir-me mais do que a ideia que terei de dedicar parte da minha vida a tratar dele, a mudar-lhe as fraldas e dar-lhe de comer.
Sinto alegria em brincar com a minha sobrinha, continuo a ser um "puto" grande pelo que brincar é inerente á minha natureza. Imaginar isto e aquilo, fazer aquela careta ou o té-té..
Mas eles crescem...e eles tornam-se semelhantes a nós.
A minha vontade de ter filhos passa também pelo desafio de tentar fazer mais do que o que os meus pais fizeram por mim. Não me posso queixar de quase nada, foram pais extremosos e preocupados. Apenas posso dizer que tomei para mim o sentido critico e auto-critico que tanto seguíam, que tem consequências boas e más.
De qualquer modo...
Que fazer quando o filho/a cresce?
No meu entender, é necessário relembrar sempre a nossa própria juventude na tentativa de educação saudável dos nossos filhos. Tendo isso em mente, o nosso rebento vai crescer e ser submetido a vários meios, vai sentir impulsos e tentar perceber como viver neste mundo. Os pais ficarão divididos entre "controlar" os filhos, e "dirigir" o seu crescimento, impedindo que eles sejam submetidos a alguns problemas ( assim julgam eles ) ou então deixar o filho ultrapassar todos os problemas de forma autónoma. Uma espécie de divisão entre o estado Comunista e o Estado Liberal na Economia.
Dada esta divisão, a minha teoria é esta: nenhuma informação é "too much information".
Quando os miúdos e miúdas tiverem idade ( e terão mais cedo que que pensamos ), convém dar-lhes alguma liberdade, mesmo que seja para levar algumas lambadas da vida, mas sempre com a consciência e a informação de que elas existem.
Os pais muitas vezes não se apercebem, ou apercebem-se tarde demais ( com consequências nefastas a nível psicológico para o filho )de que as limitações morais, de comportamento e hábitos, que impõem aos filhos, especialmente no caso do sexo feminino, os castra e os impede de "crescer". Muitas vezes, já com idade para serem mães , querem que as filhas sejam ainda "virgens", mas que encontrem um "marido bom" rapidamente. Bons maridos, já não há muitos, e não andam das 8 da manhã ás 23 da noite na rua. É nesta altura que os pais e mães deveriam pensar no que estava a fazer, ou tinham vontade de fazer com a idade deles, e até fizeram mas não contam a ninguém.
Devassidão? Existe. Em conta e medida correcta, é necessário. Quem decide a quantidade? Cada um de nós após a maioridade. A total inexistência da liberdade afectiva e sexual pode resultar em problemas complicados a nível emocional e estrutural nas pessoas, acredito eu. Nesta sociedade de pressão, desde a tenra idade, são os pequenos hobbies e alegrias, nas quais se incluem também namorar, beijar e fazer sexo, que nos permitem ser um pouco mais felizes.
A falta de liberdade é tão grave quanto a liberdade levada ao extremo, pode resultar em problemas tão ou mais graves. Aos 30-40 anos, muitas mulheres pensam...devia ter lutado mais pela minha vida, ser mais rebelde provavelmente seria mais feliz.
Só há uma idade para fazer as coisas. É esta. A idade anterior já passou, não volta.
Há doenças, há gravidezes inesperadas, há predadores emocionais e sexuais. Sim há isso tudo. Mas, acredito que a melhor forma de os reconhecer, de ultrapassar os problemas é ser submetido aos problemas. Da mesma forma que as vacinas são pequenas doses de vírus.
Não castrem os miúdos, não os impeçam de errar, com alguma rede de segurança, senão corre-se o risco de eles não terem auto-estima, auto-conhecimento emocional e sexual, e capacidade de enfrentar os tubarões e leões deste mundo.
Este mundo é cada vez mais complexo, mais complicado, e não é fácil triunfar nele, profissionalmente, familiarmente e emocionalmente. Se o miúdo tiver os pais como apoio e maiores amigos e fãs, ao invés de os seus maiores críticos e opressores, quase com certeza terá uma personalidade estruturada, forte e capaz de passar o mesmo aos vossos netos.
Deixem os miúdos fazer as asneiras todas antes de casar, não vão eles ganhar vontade depois.
Palavras de um teórico, lírico talvez, mas muito esperançado.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Por falar em Beyonce...

Adoro as músicas desta cantora...
Deixo-vos algumas das músicas que me "abanam todo". Desafio-vos a não dançar :-D

Uma antiguinha, mas cheia de alma e ritmo. Com Sean Paul, um dos melhores no Dancehall Jamaicano. Reparem só no alçar de perna da Beyonce aos 3 minutos...que style..lol



Esta não me sai da cabeça apesar de ter um sampler do Beat it de Michael Jackson. :-)




Lindo...e a letra...demais.

VMA Tão surreal que parece combinado...O duro, a humilde e a nobre.

Tinha de escrever acerca disto...A estupidez do Kanye West , a humildade de Taylor Swift ( 19 anos ) e a nobreza de Beyonce. Não basta ser rico e famoso, é bem melhor quando se mantém o coração de uma pessoa boa.



A miúda ganha o prémio de melhor video feminino e o parvo vem dizer que a Beyonce tem o melhor video de sempre.

A Senhora Beyonce remata a noite com o prémio de melhor video do ano e mostra ( não sei se combinado ou não ) como é ter alma e nobreza para com uma outra pessoa e os seus sentimentos. Mostra que pode-se ser rico e famoso e manter a decência do SEr Humano.
A concorrência feroz neste mundo, quer no do espectáculo, quer no nosso, não deve dar lugar a atropelos. Tirar o tapete ou rasteirar a pessoa que tem mérito é dos piores actos para esta sociedade. É pena que a justiça nestes VMA'S não aconteça sempre neste nosso mundo.

terça-feira, 30 de junho de 2009

As lendas - Michael Jackson



Primeiro de tudo... Juro que a coincidência que se pode ver em cima é totalmente verdadeira. Desenhei isso em 18/05/1992.
Impressionante.

Os mortos relembram-nos da nossa mortalidade. Quando um familiar nosso pára de viver o mundo parece que abranda na sua rotação, pára por momentos. Sentimos a perda, e uma sensação de alteração radical de vida, e também uma sensação de que a fila continua a andar. Um dia seremos nós.
No caso das celebridades é ainda pior. A perda é sentida por um imenso número de pessoas. Habituamo-nos a vê-los, a "viver" com eles, a sentir a suas dores e os seus sucessos. Queremos ser eles, queremos tocar. O culto do herói tem o seu apogeu.
Mas os heróis estão todos mortos, um dia.
No caso do Michael Jackson, apesar de não ter estudado a vida dele, olho-o como alguém a quem não foram dados todos os mecanismos de sobrevivência. Um miúdo que teve de dar o que tinha e não tinha no palco, e extravasou um talento imenso. Encontrou o seu rumo com Quincy Jones, e a rocha foi lapidada. Os seus êxitos são realmente êxitos. Repetidos sem conta na MTV, com todo o mérito e cantados facilmente em todo o mundo. Não foi a sua estranheza que cativou as pessoas, foi a sua genialidade. O génio é aquele que mostra o que parece estar á nossa frente, mas ninguém vê. Michael viu, sentiu e mostrou. Fundou uma marca, uma forma de estar, um estilo inimitável e imitado por todos.
Apesar de um diamante de talento faltava-lhe a capacidade de encarar as pressões próprias de ser o Rei. É necessário muito estômago, discernimento e capacidade de dar a volta ao sofrimento de se ser adulto em poucos anos. No meu entender Michael não sentiu os anos passar, sobreprotegido e sobreexigido tentou corresponder ao que esperavam dele, mas a vida é difícil de viver sem modelos fortes e convivência em sociedade capaz de nos mostrar como ultrapassar adversidade e como nos levantarmos depois do tropeção. Basta observar alguns documentários para perceber a sua ingenuidade, o seu show-off, por ser mais fácil ser o rei da pop do que o ser humano Michael Jackson. A sua busca pela "normalidade" trouxe-lhe esposa, filhos, de uma forma possível mas pouco natural. Não questiono a sua sexualidade, nem se teria tido comportamentos menos próprios com crianças. Questiono se Michael alguma vez teve 50 anos, ou mesmo 30 anos. Se alguma vez teve comportamentos malévolos totalmente apercebidos como adulto.
Ele não precisava ter morrido cedo para ser imortal. Mas isso vai torná-lo uma marca na 1ª década de 2000. Os anos 80 e 90 começaram a morrer.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

"Será agora?"





Dia 6 de Junho de 2009. 06-06-2009. Apesar das parecenças com o dia do Diabo, foi ainda pior que o próprio.
Na manhã desse dia, um dia chuvoso, deslocava-me para o trabalho como sempre.
Num momento de distracção, em que julgo ter adormecido, acordei para a situação em que estava. O carro bateu no que julgo ter sido o rail, e rodopiei intensamente, enquanto gritava, tentando repor algum controle sobre a realidade, parando apenas na berma desnivelada.
O meu primeiro pensamento foi: " o que se passa"? Em momento nenhum me recordo de ter perdido o controlo do carro...apenas rodopiar e ver tudo a girar. Parecia um sonho mau, um pesadelo incontrolado, em que só poderia esperar um desfecho bastante negativo. Antes de parar pensei: "é agora que vou morrer?"
O carro parou, sentia-se o cheiro e fumo dos travões abs. Tremia por todos os lados...Não queria acreditar.
Alguns carros paravam á frente. Um senhor veio , abriu a porta do passageiro e ajudou-me a sair. Os meus gritos transformaram-se em choro convulsivo. Todos tentavam acalmar-me, perceber o que se havia passado e consolar-me. Como se consola uma pessoa que trabalhou vários anos para pagar um bem que escolheu com dedicação e do qual apreciava o conforto e comodidade que ele lhe dava como meio de transporte e de usufruto?
Muito do meu suor estava naquele carro, horas, dias, anos de trabalho. E faltavam ainda alguns anos para que ele fosse totalmente meu. Para quem decidiu não ter seguro contra todos os riscos, tal situação afigurava-se insuportável. Cada olhadela para o estado do carro, fazia com que os nervos deixassem sair os lamentos de tal situação em forma de choro gritado.
Os transeuntes entraram em contacto com o meu chefe e o meu pai. A ambos tentei dar a mensagem necessária, para os informar e partilhar alguma dor. Pouca coisa me saía da boca. Na minha mente a Terra havia deixado de rodar. Eu ia apenas trabalhar mais um dia, mais um dia de viagem e de suor, objectivos cumpridos e por cumprir. Apenas viver. Trabalhar também é viver.
A vida podia ter-se esvaído naquele dia, todos dizem que vão-se os anéis e ficam os dedos, mas...aquele anel era um dos meus preferidos, com todos os predicados pedidos: estofos de couro, leitor de 6 cds, cd mp3, ar condicionado, espaço para transporte de pessoas e artigos. Uma mégane á maneira. Estou aqui a escrever, sentado, com a posse de todas as minhas faculdades mentais e físicas, e um novo começo, mas perdi algo querido, um pedaço de metal, é certo, mas que significava bastante.
Na minha cabeça ressoa tudo que poderia ter feito para que tal não tivesse acontecido, as palavras de aviso de mãe e amigos quando me diziam para andar devagar, especialmente na chuva, o amigo José Anjos que perdi em 1997 em acidente de viação.
A todos aconselho: Carpe Diem, com juízo, cuidado na estrada. Elas acontecem mesmo e não é só aos outros.
Cuidem-se.

domingo, 22 de março de 2009

Quem feio ama, menos feio lhe parece...



As mulheres são seres lindos.
Um dos seus grandes atractivos são as diferenças que apresentam em relação aos homens. As curvas, o cheiro, a pele de bébé, o cabelo, a carne tenrinha..ehehe
Hoje apetece-me falar sobre a beleza feminina, algo de relativo, mas...interessantíssimo.
( Parecem que tudo de que falo se remete á relatividade das coisas e do vicio que tenho em tentar mostrar que olhamos as coisas muito superficialmente, como se estivesse todo um outro mundo por detrás do palco que vemos ).
Mas continuando...
A beleza feminina, apesar de relativa tem vários fios condutores.
Historicamente e recorrendo ás estátuas e quadros da Antiguidade verificamos que a mulher curvilínea, fértil, capaz de aguentar a maternidade, era a ideia dominante de beleza e sexualidade. A mulher Renascentista, "fortezinha", bem aconchegante foi substituída por uma imagem de mulher cada vez mais atlética, magra. Na actualidade as doenças são debeladas por medicamentos e as adiposidades, anteriormente reservas de nutrientes, podem ser agora excessos pouco salutares. A vontade de baixar o nível de gordura atinge até dimensões preocupantes em alguns casos. A pele branca como cal tão apreciada, foi substituída pelo laranja. O homem também passou por alterações mas menos radicais passado a se um pouco mais andrógeno, de queixo definido, tal como os seus abdominais, desportivo e depilado. Com uma máquina do tempo e alguns homens e mulheres de séculos diferentes, perceberíamos as risadas de cada um em relação ás escolhas dos outros. Os gostos não são iguais no mesmo tempo, mas há um ideal confirmado na maioria.

Há vários estudos sobre o físico das mulheres e que supostamente têm uma espécie de acção instintiva sobre os homens, nomeadamente as proporções das ancas relativamente á cintura e ombros e os seios capazes de alimentar os filhos, mas...acredito que grande parte do ideal de beleza é aprendido e verificado. Falam também da simétricalidade do rosto, sobrancelhas levantadas, olhos grandes e lábios carnudos, mas ás vezes há combinações deliciosas, fora do ideal.
Cada um de nós olha para 2 mulheres e consegue dizer uma é mais bonita que outra, mas...quando alargada a amostra para umas dezenas, as opiniões começam a ser diferentes entre os homens, dadas as preferências intrínsecas. Desde pequenos somos confrontados com heroínas ( seja a mãe, a tia , a prima ou apenas a namorada do herói do filme ). Acredito que tendo por base esses inputs, fazemos uma imagem de mulher ideal, e de beleza. As revistas de moda ( com as suas fotos escolhidas a dedo e retocadas a photoshop ) , criam uma deusa feminina quase irreal. Todos somos bombardeados com os placards de anúncios que veiculam o último ideal de homem e mulher, em perfumes, jóias, carros, até vinhos. As actrizes e actores são cada vez mais bonitos e quase não há "pessoas feias" em filmes e séries, tal como não há pobres nas novelas.
A maioria de nós tenta seguir modas e tendências para se mostrar mais ideal e mais atraente ao sexo oposto. ( Pêlos começam a ser considerados inestéticos apesar de serem anteriormente sinónimo de masculinidade, unhas cuidadas e pintadas na mulher, pele bronzeada e musculatura definida ). Também a moda desempenha aqui um papel social, o qual aproveita economicamente. Um ano é boca de sino, no outro é bainha descaida, no outro é ventre á mostra, piercing ou não, bota com pêlo, bota de cano alto de verniz, etc...Os animais também têm estas coisas, com plumagens e recursos próprios.
No meio de isto tudo ela aparece...Qual o motor?? Diria, a nossa própria solidão que é preciso colmatar ( mesmo que ás vezes estejamos acompanhados ). Vemos, desejamos, falamos, confirmamos o desejo, rimos, brincamos á sedução e queremo-la. Ela encaixa nos nossos sonhos.
Se pensamos que é bonita? Temos certeza. Mais bonita ou menos que outras? Não interessa, pelo menos enquanto inebriados pelo desejo de a fazer nossa, de ela nos querer agradar tanto como a queremos agradar. O amanhã é uma incógnita. A forma como o olhar dela brilha, como sorri, como faz aquele jeito com o lábio, a sua individualidade tem por alguns momentos uma força imensa. Torna-a a única que interessa. Por ela, e enquanto estivermos desesperadamente apaixonados, fazemos tudo.
Por alguns dias, meses ou até anos ( quem dera para sempre ), o cabelo dela é o melhor, as covinhas das bochechas são as mais giras, ou o cheiro do pescoço dela é o único que nos faz sonhar. Até um dia.... Apesar de não ser tão bonita quanto algumas pessoa que conhecemos e outras que queríamos conhecer, ela tem um poder que supera qualquer outra característica física. Ela cativou-nos o coração.
A beleza não é tudo, nem pouco mais ou menos, mas...é o empurrão.
Vejo poucas pessoas bonitas a escolher como companheiros, pessoas feias ( excepto a Bárbara Guimarães, brincadeira ). Há excepções, mas há também uma endogamia acentuada entre pessoas bonitas e pessoas feias, talvez por causa de expectativas próprias.
A Beleza não põe a mesa, mas...queremos o pacote completo, nesta vida, se possível. Lindíssima, inteligente, carinhosa, leoa na cama, compreensiva e divertida...Anda cá Charlize Theron :-P
Os predicados que procuramos não são exclusivos das bonitas nem das feias, e são só observáveis com o tempo.
Beleza é uma injustiça genética? Com certeza, mas...quem disse que a vida é justa? Melhor feio do que cego, ou doente mental. Se fôssemos todos bonitos, os feios passavam a ser mais procurados, se fôssemos todos iguais, os diferentes seriam sobrevalorizados. A escassez valoriza até o ouro...um pedaço de metal reluzente que não alimenta, não dá calor e apenas serve para pisa-papéis que não enferruja e raramente alérgico.
Resta apreciar a nossa própria individualidade e mostrar ao outro quem somos de forma a que ele também a aprecie, ou não...Se gostar de nós pelas mamas de silicone que pusemos, ou pela côr do solário, não ficará connosco por amor até aos 50 anos. Haverá sempre muita oferta e muita procura.
Encontrem-se, amem e sejam felizes.

domingo, 8 de março de 2009

8 de Março, Dia Internacional da Mulher.
A importância deste dia está ainda no facto de, por todo o Mundo a mulher não ter os mesmos direitos e não ser olhada da mesma forma que o homem. Muito se fez já, mas, como a sociedade é controlada por homens , muito ainda faltará por fazer. A vantagem e a desvantagem da maternidade, neste mundo competitivo, é ainda algo complicado no mundo dos negócios.
Na minha mente, não há qualquer confusão, olho-as como seres maravilhosos, já não tão misteriosos como eram, pessoas como eu, que poderia ter nascido mulher, bastavam alguns genes. Não acredito que as pessoas sejam tão diferentes assim, no fundo, a base é a mesma. E falo também em relação a raças, credos ou sexualidades, a base é a mesma, somos seres humanos que sofremos, vivemos, e almejamos a felicidade no hoje e no amanhã.
No mundo, vejo apenas como terrível a forma como os radicais islâmicos vêem a mulher e os seus direitos. Tal como nós fazíamos há uns séculos atrás.

Coloco 4 vídeos e músicas que me fazem olhar a mulher e o sentimento que se pode ter por uma, como a coisa mais bonita do mundo.






Muitas flores, bombons e principalmente , beijinhos.

sábado, 7 de março de 2009

A pressão dos Trinta ( solteiros com mais de 30 anos )




Os solteiros de mais de 30 anos, sentem-na?
32 anos é uma idade gira. Devo dizer que a partir dos 25 comecei a não gostar de fazer anos.:-). Os anos começam a pesar e parece que queremos fazer parar o comboio ( que diria destas palavras alguém de 60? ). Mas a verdade é essa. Esperamos muito de nós próprios e, no meu caso, esperava que a vida estivesse diferente nesta altura.
Ao nosso redor, casamentos, miúdos, sobrinhos, a avó a perguntar quando é o nosso casamento ( até nós pensamos que devíamos assentar, não encontramos é com quem ). No caso das mulheres o relógio biológico, "ser mãe ou não ser"...? No caso dos homens:" o puto com 10 anos, eu terei 40, e as futeboladas"? lol. Frases anedóticas, mas que encerram um fundo de verdade.
No nosso caminho de vida, encontrámos pessoas que nos deram esperança de juntar os trapinhos, viver em conjunto, atravessar as tempestades debaixo do mesmo guarda-chuva ( beijos Rihanna, lol ). Por alguma razão não o fizemos. Uns lamentam-na, outros têm a convicção que tomaram a atitude correcta. A verdade é que os dias passam, com mais ou menos alegrias e com mais ou menos vantagens por se ser solteiro e independente. A liberdade e a ausência de compromissos relacionais, pela falta de carinho diário e construção de uma história de vida : troca justa?
Por mais que lutemos e discutamos, homens e mulheres não conseguem deixar de estar juntos ( mesmo que homens com homens e mulheres com mulheres..lol ). Os amigos conseguem de certa forma amenizar a necessidade de contar as nossas vivências e preocupações do dia-a-dia, mas não conseguem colmatar a falta da "cara-metade", aquela pessoa que está lá para o que der e vier, nos dá força, nos ama e nos quer tanto como a ela própria. Se calhar é um pouco uma figura maternal ou paternal, numa segunda fase da nossa vida. Não sou muito pelo complexo de Édipo ou de Electra, mas acho que de alguma forma têm influência, dados os modelos de personalidade que obtemos nos primeiros anos de vida. Os nossos pais enamoram-se de nós e nós de certa forma enamoramo-nos deles. A liberdade que ganhamos em relação a eles ( monetária, emocional e social ), torna-se menos apreciada com o passar do tempo, quase monótona, e quase apetece perder parte da liberdade "conquistada" para ter de "prestar contas" à pessoa que amamos.
A solidão é a cruz dos egoístas, e há noites frias em que, apesar de rodeamos por centenas de pessoas, nos sentimos sós. Olhamos ao redor e por vezes sente-se inveja da aparente felicidade do casal. Acredito eu que grande parte do comportamento humano é pura imitação e reprodução de comportamento observado ao longo da nossa vida, e se aquilo nos parece bom, também queremos um "pedaço daquilo" ( beijos Britney lol ). Há mil e uma formas de não estar sozinho, mas as amizades e mesmo as coloridas não enchem o coração com o prazer de amar e ser amado, a calma de se ter encontrado alguém tremendamente especial e que não queremos perder, e nos olha da mesma forma.
A companhia de outro ser humano é algo bom, especialmente quando se cria cumplicidade tal que um é o braço direito do outro, o ombro onde deitar a cabeça, o peito onde suspirar. Cria-se uma história, um laço tatuado, que permite ás pessoas aguentar as contrariedades do dia a dia, correr em conjunto por objectivos comuns e para a família, e sentir-se realizado. A vida tem mais sentido assim, agora reconheço.
Não é fácil escolher, mas...quando surge a possibilidade de ser aquela a pessoa, a nossa única hipótese é atirarmo-nos de cabeça, pois a paixão não pede menos que isso. Se errarmos, erramos, mas "errare humanum est" e faz parte da nossa natureza. Não há como deixar de errar, pela esperança de ser feliz.

"A vida ás vezes é uma porcaria, mas é sempre a porcaria mais gira que existe". Pedro Magalhães

Beijos e sejam felizes.

Música e dança...

Hoje é dia de sentir ritmo e dançar...:-)

Aqui seguem 3 vídeos musicais excelentes...
Don Omar com Aventura, 2 nomes importantes do reggaeton e da Bachata, no meu entender.



Já anterior de Don Omar, com um registo sonoro parecido, mas excelente.


E finalmente, para arrepiar...Lindo lindo...Dança numa música linda.Ouvir música e dançar são 2 prazeres que não fazem mal à saúde, aproveitem :-)

quarta-feira, 4 de março de 2009

Os Sexos e o Sexo...



Não pretendo fazer deste texto uma forma de justificar o comportamento de homens ou mulheres em relação ao Sexo, apenas mostrar as pressões e as condicionantes que todos nós sentimos, em relação a este acto. Decidi fazer este texto, motivado pela leitura dos comentários de algumas mulheres que afirmam que o "homem só pensa em sexo" e que isso é para ele a coisa mais importante na vida.
Para analisar esta constatação devemos observar as várias vertentes do Sexo. A vertente física, a vertente hormonal, a vertente animal, a vertente social, a vertente económica e a vertente emocional.

Na questão física, temos de verificar anatómicamente a situação, em que a mulher é a "penetrada" e o homem o "penetrador" ( isto em principio :-)), o homem tem o seu prazer quase garantido e a mulher pode passar por uma experiência desagradável e fisicamente e emocionalmente dolorosa ( muitas vezes é quase um acto feito por uma pessoa e um "objecto" ), a mulher "submete-se" ao homem, ( geralmente mais passiva no acto, espera ela que o homem seja capaz de o desempenhar com cuidado e especialmente carinho, e mais do que prazer espera validação emocional ).
Para além disso, sem grande explicação, a mulher nasce ( em principio ) com um "sêlo de segurança" que comprova se a "embalagem" já foi violada, e que cada vez menos tem importância, mas que já foi motivo de tudo desde rejeições, renegações a guerras e assassinatos. Também isso influi fisicamente no seu comportamento inicial em relação ao sexo e deixa a sua marca na na sua forma de encarar o sexo.

No fundo ou no início somos animais e acredito que tenhamos instintos básicos, devido também aos mecanismos hormonais e de sobrevivência ancestrais. O macho ( no caso da maioria dos mamíferos em bando) tem uma "mania" de tentar conquistar o maior número de fêmeas e agressivamente lutar pelo direito á procriação com as mesmas.
A "pressão" da testosterona e da oxitocina e os nossos "cliques" de procriar ( o máximo possível no caso dos homens e em segurança familiar e de recursos, no caso das mulheres ) também terão uma palavra a dizer, mesmo que apenas residualmente. O homem acorda de manhã quase sempre com desejo sexual irreflectido e a sua sexualidade está um pouco associado a um instinto agressivo de possessão( muitas mulheres transsexuais experimentaram um aumento exponencial do desejo sexual e da agressividade após a administração usual de hormonas masculinas para a transformação ). A violação será aqui a expressão máxima do poder da pressão sexual e hormonal sobre o homem, na qual agressivamente ele cede totalmente à necessidade de satisfação de prazer e desrespeita totalmente o direito de uma outra pessoa à sua própria vontade, integridade física e emocional. ( regressão do "homo sapiens" ao "austrolopitecus" ).

Temos também a vertente social, a qual advoga que homem "deverá ser viril, interessado em mulheres e alguns comportamentos são desculpáveis porque lhe são próprios" enquanto a mulher " deverá guardar-se, ser sexualmente discreta e ter juízo ou então engravida". Basicamente homem que tenha andado com várias mulheres é macho, mulher que tenha andado com vários homens é "puta". Isto surge enraizado em séculos de glorificação da virgindade feminina, ( injusta pela incapacidade da comprovação da virgindade masculina ), e pelo facto de ser a mulher a que pode aceitar ou não os sempre presente desejos masculinos ( a culpa será sempre dela que "cedeu" ) e o receio da homossexualidade masculina ( será que não há nenhuma relação entre a homossexualidade masculina e as experiências de descoberta entre amigos na falta de contacto feminino?). No fundo a sociedade ( homens e mulheres ) têm receio da liberdade sexual da mulher ( nas suas diferentes idades ) e as mudanças que isso pode acarretar. É um poder bastante grande e que revolucionaria imensos dos conceitos presentes até agora existentes. Imaginem o que seria se todas as mulheres pudessem ter o mesmo comportamento liberal dos homens. Várias instituições sociais correriam perigo, tal como o casamento, a procriação e a prostituição.

Em relação à vertente que denomino de económica decorre do desequilíbrio da "oferta e procura" de Sexo na sociedade. Há uma mole de homens à procura de sexo e uma escassez de "oferta do bem sexo", dados os critérios considerados necessários pelas mulheres. ( As minhas desculpas a quem fica chocado com esta frase, mas é culpa da formação própria ) lol. Mas a verdade não deixa de ser essa. A mulher tende a querer escolher especificamente com quem quer fazer sexo, e o homem não consegue ter acção absoluta sobre esse facto ( a menos que pague a uma mulher que venda o seu corpo, em dinheiro ou outras benesses ). Reparem na discrepância entre o número de prostitutas e de gigolos. A mulher tem sexo quase quando quiser, o homem só quando a mulher aceitar, e muitos são os "não", até lá chegar. Assim, muitas vezes o homem torna-se mentiroso e dissimulado, tentando tudo fazer para subverter a exigência crescente da mulher, com promessas do que ela "espera ouvir". A verdade acerca dos seus sentimentos virá ao de cima quando ele se cansar, ou não, do sexo que tem com ela. Sexo cansa, a comunhão de sentimentos e de personalidades não.( E este "jogo de póker", com apostas cada vez maiores de cada um dos lados, está cada vez pior. Uns mentem, os outros têm medo de ser "enganadas" mais uma vez ) .

Quanto à vertente emocional, o homem, quando faz sexo com uma mulher, tem a certeza que a mulher gosta dele de alguma forma, o aceita e o valida, enquanto a mulher não sabe se o homem gosta dela ou apenas a quer possuir, dada a avidez deste em o concretizar. Há um desequilibro notório no ganho de Ego e concretização pessoal e emocional dos 2 seres. O homem quando faz sexo, tem 3 ganhos, o prazer, a conquista de um objectivo e a garantia de devoção de uma mulher. A mulher, por seu lado, pode, no final do acto, não ter ganho qualquer dos 3. Também por isso muitas vezes usa o sexo, a perspectiva dele ou a falta dele, como arma de conquista, sedução e poder.
O peso do homem, emocionalmente, é necessitar sentir que foi capaz de dar prazer à mulher ( até nisso, a mulher por amor, ou necessidade que a coisa acabe depressa simula o seu orgasmo ). Apesar de tudo, e da insensibilidade masculina tão publicitada, tentem, mulheres, dizer a um homem, mesmo que não goste de vocês, que o sexo que ele vos deu não foi de forma alguma satisfatório, e que o João o fazia bem melhor. Ou que todos os orgasmos tiveram de ser fingidos. Tal como a mulher deseja imenso que o homem desfrute do prazer e ela seja a razão dele, também o homem necessita de se sentir realizado, mesmo que ás vezes seja demasiado egoísta na sua realização. A mulher deseja imenso que o homem ejacule dentro dela ( sem consequências ) e o homem deseja imenso ouvir os gemidos de prazer dela, razão pela qual ás vezes até se torna bruto.

Sexo é para os 2 seres uma experiência física e emocional, embora em doses diferentes consoante o sexo e o individuo. É no meio que estará a virtude, e no aproximar dos 2 extremos, da fisicalidade pura e da emocionalidade exacerbada.
Sexo é um momento único, entre 2 seres, no qual deixa de haver intimidade de cada um e passa a haver intimidade dos 2. Tudo aquilo que se escondeu durante anos passa a ser público para os 2 ( ou para a comunidade internauta quando publicado , lol, brincadeira ).

PS: Tenho 3 conselhos para os amantes, no sentido de apreciar a partilha da intimidade: o banho a dois, a conversa pela madrugada fora (encaixadinhos e nus )sobre as mais variadas situações da vida e os olhos nos olhos enquanto fazem sexo ou amor.

terça-feira, 3 de março de 2009

Motivado pelo texto do Seinfeld


Em conversa com uma amiga do Netlog decidi deixar vaguear a minha mente e as minhas palavras pelo que o Seinfeld toca, de tal forma que todos nos sentimos identificados por esse texto.
No meu entender as questões sexuais são apenas a pimenta do texto, para lhe dar mais graça, e porque muitas vezes um humorista vai buscar as suas experiências e é sempre um homem, muitas vezes a falar para homens. ( claro que a plateia vai ter imensas mulheres mas todas se vão rir se tiverem capacidade de encaixe ).

Primeiro de tudo devo realçar que todas as generalizações que faço relativamente a homens e mulheres são apenas isso, meras generalizações. Cada vez menos há o "comportamento masculino" e o "comportamento feminino". Para o bem e para o mal.
Acredito que todos nós já passamos por isto. Querer conquistar a nossa amiga(o), e ela estar interessada noutra pessoa, da qual muitas vezes ela diz raios e coriscos. O tipo maltrata-a, não lhe liga, ela pergunta a nossa opinião sobre as intenções dele, o que achamos que ela deve fazer, se depois de tudo que se passou deve voltar para ele, ás vezes até conta detalhes da intimidade deles e nós "aguentamos" e tentamos ajudar, cheios de inveja e ciúmes. Parecemos estar "riscados do mapa", carimbados como amigos.
Quer homem quer mulheres têm por vezes a tendência de se apaixonarem e desejarem pessoas que as subestimam ou que não as tratam como elas gostariam. Muitas vezes é por isso mesmo que as sobrevalorizam, porque parecem inatingíveis e continuam a dizer "não". " Mas ela diz não porquê? Logo eu que sou tão isto e aquilo". É uma batalha pela "reparação do ego ferido". Isso também acontece comigo quer como sujeito activo quer como sujeito passivo dos "avanços sentimentais". Magoa bastante ser o amigo e não aquilo que desejávamos ser para a outra pessoa. E homens e mulheres sentem isso. Ás vezes dói tanto que é preferível esquecer a amizade. Pior ainda é quando a pessoa de quem queremos algum carinho, aceitação, nos dá alguma esperança ( nos leva sozinhos a um bar, vamos passear à beira-mar ou se fica a conversar no carro, na praia ou um lugar isolado com vista para o rio com todos os carros ao redor com os seus vidros ressoados )e nós damos o passo em frente e verificamos que tudo aquilo era apenas "amizade". A dor é ter de matar a "esperança" emocional e sexual que cultivamos em casa a pensar nela, a preparar o próximo passo de aproximação, e quando a carência bate é nela que pensamos. Mas ela diz que não pensa em nós dessa forma. O grande problema é que no caso do homem ele até nem ficava muito chateado, podia-se começar como amigo e quem sabe conquistá-la ( algumas mulheres também tentam essa estratégia ), mas geralmente falha. Sem a fagulha inicial da paixão as relações não são tão intensamente vividas.
Pessoalmente acho que amar e não ser amado é das piores sensações que existem, não ser aceite pela pessoa que colocámos no "pedestal-mor da nossa Capela" é auto-destrutivo, provavelmente nem é amor, porque amor é entre 2 pessoas, um diálogo e não um monólogo. Não poder concretizar a relação, saber como poderia teria sido estar com ela, como teria sido sentir o beijo dela, se a relação teria pernas para andar ou não é a Interrogação Torturante. A todos vós que se queixam porque só o(a) tiveram por alguns dias ou meses, eu digo-vos: "Sortudos de uma figa"!!! Tiveram a oportunidade de comprovar a possibilidade ou não da relação, tiveram uma hipótese de viver emoções com ele(a), que é bastante melhor do que alguém que cultivou uma vã esperança teve. Esse vai ter de engolir o sapo sem água e tentar convencer-se de que aquilo nunca ia dar certo ( senão dá em maluco ). Vai até possivelmente conhecer um dia o tipo que afinal ficou com ela e ter de fazer uma representação digna de Óscar.
Nesta não coincidência de vontade sentimentais entre 2 amigos criam-se 2 dilemas. Na pessoa que deseja iniciar a relação , fica dividida entre abandonar a amizade para não sofrer ou manter-se amigo e deixar os sentimentos dissiparem-se no tempo (ambas magoam ), a pessoa que não deseja iniciar, fica dividida entre diminuir o contacto com o amigo para não o magoar, deixando de lhe contar tudo aquilo que os tornava ainda mais íntimos como amigos ou tentar convencê-lo de que são só amigos e é isso que devem valorizar e apreciar. No meio disto há ainda aquelas pessoas que fazem do amigo "ioiô".
Passo a explicar. Quando precisam de atenção e carinho puxam, quando têm medo que ele esteja demasiado perto e com a ideia errada, empurram, mas não para longe, pois podem precisar dele brevemente, para apanhar os cacos que o "ser extraordinário que ela ama" provocou. Os homens (geralmente) têm ainda uma outra que é torna uma amiga em amiga colorida e continuando a desejar aquela que não conseguem conquistar.( Esperança sim, mas sem fome. O martelo para martelar e a chave de parafusos para desaparafusar, cada coisa no seu lugar).
Se é mau um homem aproveitar-se da paixão de uma mulher para a levar para a cama (enganando-a em relação aos seus verdadeiros objectivos e possibilidades da relação) também não é melhor aproveitar-se do desejo de correspondência de vontades para obter vantagens de qualquer tipo ( é apenas outra forma de enganar, mas sem sexo no meio, apenas devoção e favores ). Há mulheres que se aproveitam disso, abusam do poder.
Há também quem se engane a si próprio. O estado de carência e necessidade de atenção e intimidade geram muitas vezes esperanças nas pessoas em relação ás quais estão mais próximas e os amigos são os melhores "alvos". No entanto eu digo: "não devem 2 amantes ser antes de tudo amigos? Porque não basear a relação na amizade? sem amizade, amantes deixam de o ser rapidamente. Mas há uma condição que perturba tudo. Do amigo não esperamos mais do que a amizade, não o julgamos em muitos dos valores que fazemos em relação à pessoa que queremos para nós. Ele é assim, já o conhecemos há muito, se calhar é das pessoas que conhecemos melhor. Ora aí é que está o problema, creio eu. Já somos conhecidos, já sabem o que de bom e de mau temos. O "outro" tem uma vantagem imensa, difícil de superar. É uma personalidade ainda com imenso mistério, de quem ela não sabe tudo, o bom e o mau, como se comporta nesta e naquela situação. Assim, a paixão floresce mais facilmente, porque no seu estado "febril" ele seguramente será aquilo que ela espera que ele seja, pois assim lhe diz a esperança. A mesma que nós temos acerca dela, mas por "febrilidades" diferentes.
Quando nos apaixonamos desculpamos demasiado, tudo no sentido de sermos validados e concretizarmos a nossa Teoria da Felicidade: " só com ele vou ser feliz".
Se não corrermos atrás dos sonhos, seremos ainda mais infelizes do que o que seríamos se não corrêssemos.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Supostamente um texto de Jerry Seinfeld - Excelente!!!

"ELA GOSTA DE TI COMO AMIGO"

Ate hoje pensava que a pior frase que podia ouvir de uma rapariga era "Temos
que falar...". Mas não! A pior frase de todas é: "Eu também gosto de ti...
mas como amigo."
Isto significa que para ela tu és o mais simpático do mundo, aquele que
melhor a compreende, o mais dedicado... mas nunca vai sair contigo.

Vai sair com um gajo nojento que apenas quer ir para a cama com ela. Ai sim,
quando o outro lhe faca alguma das dele, ela chamar-te-a para pedir-te
conselhos.
É como se fosses a uma entrevista de trabalho e te dissessem: "Você é a
pessoa ideal para o posto, tem o melhor currículo, e o que esta melhor
preparado... mas não vamos contrata-lo. Vamos contratar um incompetente. So
lhe pedimos uma coisa, quando esse gajo fizer asneira, podemos chama-lo para
tirar-nos da embrulhada em que ele nos meteu?"

Eu pergunto: o que e que fiz mal? Fomos ao cinema, rimo-nos, passamos horas
em cafés... e depois de quantos cafés ficamos amigos de verdade? Depois de
cinco? Seis? Com um café menos e tinha ido para a cama com ela!! Para as
mulheres, um amigo rege-se pelas mesmas normas de um Tampax: podem ir para a
piscina com ele; podem montar a cavalo; dançar..., mas a única coisa que não
podem fazer com ele e ter relações sexuais.
Ainda por cima, bem vistas as coisas... se para uma mulher considerar-te
"seu amigo" consiste em arruinar a tua vida sexual, o que fará ela com os
inimigos? A mim parece-me muito bem que sejamos amigos, o que não percebo e
porque e que não podemos "ir para a cama como amigos". Eu penso que a
amizade entre homens e mulheres não existe, porque se existisse saber-se-ia.
O que acontece e que quando ela te diz que gosta de ti como amigo, para ela
significa isso e ponto. Mas para ti não. Para ti quer dizer que se numa
noite estão na praia, ela já com uns copos, esta lua cheia, os planetas
estão alinhados e um meteorito ameaça a Terra... podias muito bem ir para a
cama com ela!!

Por isso engoles... Por isso nunca perdes a esperança. Ela sai com o Joe?
Isso vai acabar. E quando isso acontecer, tu atacas com a técnica de
consolador: "Não chores, o Joe era um chulo. Tu mereces muito melhor, alguém
que te compreenda, alguém que esteja no sitio certo quando tu precisas, que
seja baixito, que seja moreno, que não seja muito bonito, que se chame
John...COMO EU!!"

Pelo menos, sendo amigo podes meter nojo para eliminar concorrência. E a
técnica da "lagarta nojenta". Quando ela te diz:
- Que simpático e o Paul, não e?
- O Paul? E muito simpático... só e pena ser um pouco estrábico.
- Ele não e estrábico, o que tem e um olhar muito ternurento.
- Sim, tens razão. No outro dia reparei nisso quando olhava para a Marta.
- Não estava a olhar para a Marta, estava a olhar para mim!
- Vês como e estrábico?

O cumulo dos cúmulos e o facto dela considerar ter uma relação "super
especial" contigo quando pode dormir na mesma cama sem que se passe nada.
COMO E QUE E??!! Então o "super especial" não seria que se passasse algo?!
Um dia depois de uma festa, tu ficas a ajuda-la a limpar, como fazes SEMPRE,
e quando acabam ela diz:
- UH! Que tarde. Porque e que não ficas cá a dormir?
- E onde e que durmo?
- Na minha cama.

Ai, ate te tremem as pernas. "Esta e a minha noite, alinharam-se os
planetas!". Passados uns minutos, das-te conta que não são precisamente os
planetas que se alinharam, porque ela, como são amigos, com toda a confiança
fica em roupa interior e tu, pelo que vês, pensas: "Vou ter que ficar de
boxers. Com todo o alinhamento de planetas que tenho em cima..." E, assim
que te metes na cama, dobras os joelhos para dissimular. Ela mete-se na
cama, da-te uma palmada no rabo e diz-te "Ate amanha". E põe-se a dormir!
"COMO E QUE E??!! Como e que se pode por no ronco tão cedo? E esta fulana
não reza nem nada?"
Estas na cama com a rapariga dos teus sonhos. No inicio nem te atreves a
mexer, para não tocar em nada. Sabes que se nesse momento fizessem um
concurso, ninguém te podia ganhar: és o gajo mais quente do mundo. E como e
longa a noite! Vem-te a cabeça um monte de perguntas: "Tocar uma mama com o
ombro será de mau amigo? E se e a mama que toca em mim?" Mas depois de
muitas horas, já só fazes uma pergunta: "SEREI REALMENTE UM MANSO?!" Não
podes acreditar que estas na mesma cama e não se vai passar nada. Confias
que, a qualquer altura, ela vai dar a volta e dizer "Anda lorpa, que já
sofreste bastante. Possui-me!"

Mas não. Para as mulheres parece que nunca sofremos o suficiente. E como
sofres... Porque tens todo o sangue do corpo acumulado no mesmo sitio. Já
houve mesmo casos de homens que rebentaram. Mas ainda não acabou a tua
humilhação. As 7 da manha tocam a campainha:
- AH! E o Joe!
- O Joe? Mas ele não te tinha deixado?
- Depois conto-te tudo. Estou com pressa. Esqueci-me de dizer-te que o Joe
ia trazer o cão. Como vamos a praia eu disse-lhe que ficando contigo o cão
não podia estar em melhores mãos. Porque tu és um amigo! UH?! Estas com ma
cara. Dormiste bem?

E ai ficas tu com o cão, que esse sim e o melhor amigo do homem.

JERRY SEINFELD



Só por curiosidade, uma das ex-namoradas de Jerry Seinfeld - Shoshanna Lonstein.
O homem não tinha razão de queixa :-)

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Esta noite é o que dá sentido a ser Jovem.



Esta é uma das minhas músicas preferidas.
Procuramos alguém especial, o fruto dos nossos sonhos. Não o vamos encontrar, em princípio, mas...é tão bom conhecer algumas pessoas que se cruzam connosco na vida, e fazem-nos "sonhar" e trocar o "sonho" pela realidade. Temos esta noite para viver, amanhã não se sabe. Se esperas pelo sonho de amanhã, quem te aquece o coração hoje?



Lyrics | Fire Inc. - Tonight Is What It Means to Be Young lyrics

Fire Inc. Nowhere Fast (completo)



Nowhere Fast [Official Music Video] (Fire Inc.)