sábado, 28 de fevereiro de 2009

Esta noite é o que dá sentido a ser Jovem.



Esta é uma das minhas músicas preferidas.
Procuramos alguém especial, o fruto dos nossos sonhos. Não o vamos encontrar, em princípio, mas...é tão bom conhecer algumas pessoas que se cruzam connosco na vida, e fazem-nos "sonhar" e trocar o "sonho" pela realidade. Temos esta noite para viver, amanhã não se sabe. Se esperas pelo sonho de amanhã, quem te aquece o coração hoje?



Lyrics | Fire Inc. - Tonight Is What It Means to Be Young lyrics

Fire Inc. Nowhere Fast (completo)



Nowhere Fast [Official Music Video] (Fire Inc.)

O beijo...



Começo por uma constatação de como a língua portuguesa está errada quando se se diz: "posso dar-te um beijo"? Não se dá, partilha-se. "Podemos beijar-nos?" - seria o mais correcto.
Ambos partilham o mesmo beijo. É algo em que os 2 participam activamente.
O beijo, no meu entender, é o acto mais intimo e que dá mais prazer. Nele, ambas as pessoas têm a mesma capacidade de dar e obter prazer, os recursos são idênticos, há um controlo imenso sobre o que se faz ( e consequente descontrolo ehehe ). A língua é um dos nossos órgãos com mais dotes sensoriais e com mais destreza, notória também no sexo oral..lol. O beijo permite uma panóplia de sensações e formas, dada a extrema sensibilidade da língua, pescoço, lábios e pele adjacente. O beijo permite uma interacção pura e o olhar directo. Garante uma libertação imensa de endorfinas e uma sensação de bem estar e prazer na qual julgo estar viciado. É das melhores sensações beijar e ser beijado pela pessoa por quem nutrimos sentimentos especiais.
Tornando-me mais radical acredito até que tal como o homem do projecto FreeHugs deveria haver free kisses providenciados por benfeitoras e benfeitores na rua...lol.
Ou então deveria alterar-se a forma de cumprimento em Portugal dos 2 beijos na cara para o beijo de língua...lol. Seria muito útil para uma triagem dos candidatos a relacionamentos mais sérios, porque, acredito eu, um bom beijo compatível é meio caminho andado para uma relação duradoura. O próprio beijo é das formas mais imediatas de preliminar, sendo capaz de excitar homens e mulheres.
Em vez de cigarros, cafés, mesmo a nata ou o chocolate do dia, seria melhor um par de beijos bem dados...dá o mesmo resultado.
Um bom beijo fica sempre na memória. Há várias formas de beijar e as que mais nos agradam ficam para sempre na nossa mente, bem como os "proprietários" de tais beijos.
O 1º beijo é muito engraçado. Há uma descoberta, ambos descobrem os limites, para onde "ir", como "lutar" com a língua, quando avançar e quando recuar.
Há o beijo em redemoinho, o beijo onda do mar, o beijo meiguinho, o beijo comilão, o beijo braço de ferro, o beijo canavial...o meu preferido é o beijo onda do mar...lol
Beijos com sabor a menta, a rebuçado de morango, chocolate ou gelado tb são muito bons. Um bom beijo é algo insubstituível e dá para fazer mesmo depois da menopausa e andropausa...lol.
Quanto mais beijamos mais queremos beijar. Alguns segundos depois, o sabor da boca da mulher a dissipar-se já dá saudade e queremos repetir.
Até beijo com lágrimas é bom. Não subestimem um beijo de despedida no aeroporto ou na estação de comboio de 2 pessoas que não sabem, quando e se se vão ver mais, e vai ser o início de um tempo de "exílio". Ou o 1º beijo do reencontro....poderosíssimo.
Termino com um pequeno sacrilégio: "beijemo-nos irmãos". :-)

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A dança do Acasalamento: o Flirt e a Sedução.


Quando entramos na adolescência o nosso comportamento relativamente ao sexo oposto muda bastante. Antes parceiros ou concorrentes em brincadeiras, nas quais pouco mudava em relação ao sexo do parceiro de brincadeira ( salvo brincar aos médicos e enfermeiras, e o futebol e ás bonecas ), agora membros de 2 clubes diferentes, e entre os quais existe todo um conjunto de comportamentos, rituais, limites. Começamos a perceber o nosso poder, o papel que representamos e a consequência para o nosso ego, de sermos aceites e valorizados por uma membro do sexo oposto. ( ou do mesmo, para quem descobre que é gay.. :-) )
Assim sendo começamos a desempenhar o nosso papel no jogo do flirt , na sedução. Não é difícil encontrar comportamentos semelhantes no mundo animal, onde geralmente o macho inicia um ritual de cortejamento, no sentido de impressionar a fêmea, de a fazer atrair pelas suas capacidades e características. Sejam as penas, as papadas, seja dominar outros machos pela força. Na sociedade actual, para além do dinheiro ( demonstrado no que conduzimos, na nossa habitação, nas roupas que vestimos ) existe também o que dizemos e como o dizemos, ou seja, o que revelamos da nossa personalidade e da nossa inteligência. A inteligência e a perspicácia tem na actualidade grande sex-appeal, quase tanto como abdominais definidos ou seios C ou D. :-) Assim como o humor, e a sensibilidade.
Tudo isso é verificado e medido aquando das conversas que se desenrolam entre 2 pessoas, avançando e recuando como espadachins e esperando ouvir a resposta a cada nova estocada."En garde". Defendemos as provocações , provocamos em resposta, ora ficando em vantagem , ora em desvantagem.
Essas conversas são algo viciantes dado que dão uma sensação de prazer ( quando bem desenroladas ), há uma sensação de concretização, massagem mental ao ego, sentimo-nos poderosos e capazes de dizer coisas que afectam a outra pessoa, no bom sentido. Provavelmente comparar o flirt à masturbação mútuas é algo exagerado, mas...é aquilo que me faz lembrar. ( Já alguém disse que as minhas comparações eram do pior :-)) Provavelmente será mais semelhante a uma luta greco-romana moderada, com o sexo oposto, em que quase é tão bom ficar por baixo como por cima, ou correr ao redor da miúda e ela atrás de nós...ehehehe.
Com o passar do tempo e com a repetição do agradável ritual, começa-se a querer mais dessa "luta". A falta dela causa desconforto. ( Aqui não distingo o estado civil dos intervenientes. prazer é prazer, novidade e hormonas continuarão a sê-lo mesmo depois de casados e muitas vezes especialmente depois de casados). Assim sendo essa luta de vontades pode culminar em dar o passo a seguir ( concretizar a luta através do relacionamento físico, sendo que o primeiro beijo é algo de extremamente intenso ) ou então em apenas obter o prazer da luta de vontades e capacidades mentais e de argumentação, não retirando mais prazer do que esse, tornando o ritual num hobby inofensivo. Ou então não, dirão os mais puristas, advogando que tal pode ser considerada uma forma de traição. Não partilho da ideia. Acho que pode ser salutar, praticar a sedução, desde que não se desenvolva, e cada um o encare como brincadeira pura. aliás até acho que a sedução e o flirt deve ser praticado sempre, especialmente com a nossa companheira, tal como uma pontinha de ciúme, para avivar a chama do medo de se perder a pessoa que é "nossa". Pode ser o término do flirt, do batalhar para ganhar o dia, uma das razões para a monotonia sentimental nos casamentos.
No reino do flirt surgem agora novas possibilidades como o flirt virtual nos chats e no Second life ou mundos 3d mais sexuais. Um dia terei de falar sobre sexo virtual..lol
Seja como for, o flirt faz parte da vida, do poder pessoal de agradar e inerente à sua sexualidade. O chocolate da vida, sendo que o amor será a nossa comida substancial preferida e a paixão o gelado com topping. lol

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Amor, Casamento e Partilha - SWING



mais informações sobre o Swing em swingersportugal

Em jeito de continuação ao texto de ontem...
Na minha opinião, é muito difícil escolher com quem passar o resto dos nossos dias. Conhecemos todos os dias novas pessoas, com as suas diferentes personalidades, aparências, características. Algumas delas atraem a nossa atenção e desenvolvem por vezes relações de "flirt" e sedução que nos elevam o bem estar e o ego.
Por vezes sentimos algo diferente, uma necessidade imensa de "nos apoderarmos" daquela pessoa que nos faz sentir que o mundo só tem sentido se ela nos considerar "Deus na terra". É uma necessidade de auto-valoração, de obtenção da companhia dedicada da "special one". É uma sensação maravilhosa, se correspondida.
Uma sensação intensa apesar de não ser eterna. Tendemos a desvalorar aquilo que conquistamos e sobrevalorizar o que ainda não temos, em quase tudo na vida, inclusive nas coisas que consumimos ou adquirimos. Essa mesma sensação de " já tenho não interessa, quero aquilo que não tenho" é o que nos impele a tentar obter a novidade, por vezes arriscando-se a perder o que se tem.
Cada vez mais trocamos de carro, casa, fazemos tatuagens e apagamos. Decisões que antes eram mais duradouras deixaram de o ser. Queremos novidade, queremos viver o máximo da vida antes que ela deixe de existir. Queremos aventura, sensações. Agora queremos viajar, ver países, sentir como é estar no topo da Estátua da Liberdade, estar no Louvre, sentir a adrenalina do bungee-jumping, de forma a colmatar a tensão e a monotonia do trabalho intenso, e muitas vezes contrariado, nos nossos empregos.
Esse síndrome António Variações ("estou bem onde não estou, só quero quem não conheci") é cada vez mais comum. Vemos as coisas que temos mais pelo seu lado crítico que pelo bom, por isso queremos mais, diferente, melhor. Nem nos lembramos que muitas vezes aquilo que temos e desvalorizamos é exactamente o que outro sonha em ter.
O mesmo deve passar-se nas relações decididas a que chamamos casamento, acredito eu, que nunca fui casado, mas a quem o peso da escolha e do "sim" ( pela força que dou a essa palavra )me fazem temer a responsabilidade desse passo.
Acredito que quando 2 pessoas têm um relacionamento devem apenas duas coisas um ao outro, a Verdade e Amor. Na verdade acho que o amor que julgamos ter pela pessoa muitas vezes é apenas amor-próprio, pois vêmo-nos "reflectidos" naquilo que ela pensa de nós. Vemos uma imagem melhorada de nós próprios. Por isso mesmo nos revoltamos tanto e somos capazes de odiar alguém a quem dizíamos amar. O Amor é provavelmente mais egoísta do que aquilo que pensamos. Quantos são capazes de deixar a pessoa que querem amar livremente outra pessoa, para bem dela? Onde está o altruísmo desse Amor? Não deveríamos nós desejar o melhor, e apenas o melhor para essa pessoa? Quantos mentem, manipulam e até matam para obterem o "amor" que desejam?
Nesse sentido não altruísta, desejamos ser únicos e especiais na vida do nosso amado, da pessoa que tem uma relação connosco e com quem casamos. Por isso esperamos e lhe pedimos que a partir do momento que está connosco abandone todo um conjunto de acções e hábitos que tinha quando sozinho, quando solteiro. ( Também porque a sociedade o exige, mas isso será o tema da Monogamia a desenvolver noutro texto).
A traição física ou sentimental não cabe neste modelo de casamento ( qualquer união tomada firma por 2 pessoas, independentemente da forma )e implicará a dissolução do contrato celebrado pelas 2 partes. A infidelidade fere muito, tal como referi no texto anterior.
Mas há um movimento paralelo, semelhante ao praticado por muitas pessoas no passado, mas com nuances. Antigamente, reis e pessoas das classes altas ( provavelmente ainda agora ) casavam com pessoas da mesma estirpe, por motivos sociais e ignoravam voluntariamente as escapadelas e relações extras dos seus companheiros. Separavam assim a relação social do aspecto amoroso e sexual. Neste momento há uma outra separação, o amor do sexo. Apesar de não ser novo ( pode ter nascido com Romanos ou Gregos ), parece-me que os comportamentos liberais tipo ménage e swing está tão ou mais vivo que aquando os anos 60-70, onde era mais ingénuo e despreocupado, como free love, rock and drugs.
É uma forma de ver a vida, sentir que há uma relação tão intensa em termos emocionais que não é o mero físico e a relação sexual fortuita que colocará isso em causa, partilhando muitas vezes essas mesmas relações como casal.
Como vantagem tem a perda do estigma de ser enganado, a libertação de medos de traição ( em principio ) e a dignificação da comunicação e partilha totais. Em contrapartida, pode minar a relação com receios e inseguranças de inferioridade.
A meu ver é algo que me interessa de sobremaneira, há já muitos anos, teria eu os meus 18 anos. Ainda não tenho opinião formada sobre o fenómeno, mas já conheci alguns casais swingers e tenho várias teorias.
Se o que se procura na traição é a novidade do flirt e do sexo com uma pessoa diferente, metade do engano e dissimulação acabariam com a partilha do casal dessas mesmas situações. Claro que não é apenas cimento para relações, pode ser também demolição de uma relação mal fundada, sem alicerces da comunicação e cumplicidade. Pode ser a cura ou o veneno das relações, mas tem muitas potencialidades. Acho que 2 pessoas que se amam de verdade e que partilham a vida poderão partilhar fantasias, aventuras e sentir prazer em ver o prazer do outro, participar na nova experiência da sua cara-metade. Carne é carne, muito menos importante que as emoções e sentimentos que 2 pessoas nutrem uma pela outra. Quem sente ciúmes do vibrador dela? Ou do filme pornográfico e da mão dele?
Vejo até algum carácter altruísta nesse tipo de relação, mas isso sou eu, e as minhas teorias. Devo confessar que aquilo que vivi, na única orgia a que assisti, nada teve a ver com o que esperava ver e sentir. Daí que...uma coisa é fantasiar, outra é viver.

PS: Quem viu a cena impressionante do filme "de olhos bem fechados", poderá ter um relance do que é ver uma orgia.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Traição e relacionamentos.



Depois do texto anterior decidi escrever sobre a traição. Pensava só o fazer mais tarde, mas, o melhor é escrever sobre o tema que me vier à cabeça nesse dia.
Este texto será a primeira abordagem.
Quando duas pessoas se conhecem e se agradam a ponto de prometerem exclusividade (seja essa promessa impossível ou não), devem fazer tudo para o cumprir. Mas mais que a exclusividade, ambos devem ao outro sinceridade, respeito e cumplicidade. Assim sendo não acredito em amor total, em partilha de vida quando parte dessa vida tem de ser escondida do outro, dada a infidelidade.
Acredito que não é fácil dizer não a algumas situações de aventura, mas acredito mais que dizer esse "sim" é o inicio do fim da relação e tudo, mas tudo deve ser conversado entre 2 pessoas que se amam. Basicamente, depois de decidirem passar a vida juntos devem ao outro total transparência. A compreensão deve andar de mão dada com a partilha de situações, e o ciúme deve ser o mais saudável possível. São 2 pessoas que tomaram uma decisão ( passível de recuo ), mas estarão juntas enquanto as duas assim quiserem, nenhuma é propriedade da outra.
Se há "flirts comunicativos" externos à relação? Possivelmente. Ambos continuam a ser pessoas integradas na sociedade, objectos de desejo e de atenção. Mas isso não implica que nenhum coloque em causa a relação por causa de outra pessoa. Se o fizer, que o faça de forma consciente, comunicando que deseja terminar a relação actual e iniciar uma outra. Mas o problema agora é outro. O traidor não consegue deixar o certo, conhecido e mais monótono, pelo incerto, mais misterioso e que parece voltar a dar pimenta à vida, mas que pode ser apenas uma miragem. Assim o traidor tenta o "malabarismo" das 2 relações (quando não são mais).
A razão porque traímos? Basicamente a vontade de mais ( ás vezes menos, mas diferente ). O ser humano quer tudo.Quer ser solteiro e ser casado, quer as vantagens de todas as situações, mesmo que incompatíveis. A diferença é que as relações não são actos de consumo, pois implicam pessoas externas a nós.
Há pouca coisa pior que ser traído.
1º - é uma mentira de uma pessoa a quem demos muita importância e a quem demos a nossa fidelidade, ( ou não ), em quem investimos tempo, energia, sentimentos, sonhos, objectivos.
2º- Desprestigia e desvaloriza todos os momentos bons passados e implica voltar ao ponto 0, ou até -1 ou -2, dada a dor e a desconfiança que surge após a traição.
3º- Retira toda a importância que julgávamos ter. Há uma outra pessoa que tem igual ou maior importância na vida dele, que nos substituiu, seja na cama, ou no coração dele. É um murro no nosso ego e auto-estima.
O pior nem é o que ele(a) fez com a outra pessoa. O pior é ter-nos enganado. quantas vezes nos enganou e quantas vezes mais nos iria enganar?
A "segurança" que o símbolo casamento tinha, foi completamente posta por terra.
Mas já ninguém é enganado pelo símbolo casamento. Ás vezes parece que até piora :-)
No meu caso...a sensação de ser descoberto na traição é-me tão amarga, que prefiro dizer sempre a verdade e prefiro o mesmo. A má verdade dói menos que uma má mentira.
A traição conhecida e permitida, não é traição. É partilha.
Mas isso desenvolverei noutro texto.

Email giro...


"Rapazes cuidem-se!!!!


Á poiiiiiiiiiiiiiiissss é ora tomem lá, meninas passem isto ás v/amigas.


Foi provado, após acompanhamento de vários casos, que todas as mulheres precisam de dois homens: um em casa e outro fora de casa.·

Para entender, é muito simples:

O marido cuida da parte financeira, paga as contas dos filhos, da esposa e
da casa.

O outro cuida de ti.

O marido fala dos problemas, das contas a pagar, das dificuldades do dia.

O outro fala da saudade que sentiu de ti durante a tua ausência.

O marido compra uma roupa nova para ir a um compromisso de trabalho.

O outro tira essa mesma roupa só para ti.

O marido dorme com aquela camisola velha e de cuecas (as vezes até de
meias).

O outro dorme completamente nu, abraçadinho a ti.

O marido reclama das coisas que tem que consertar em casa.

O outro recebe-te no apartamento onde tudo funciona perfeitamente.

O marido telefona para casa a perguntar o que tem que comprar no talho, no
supermercado, na padaria e etc.

O outro telefona só para dizer que comprou um champanhe que vais adorar.

O marido reclama do patrão, do trabalho, do cansaço de acordar cedo.

O outro reclama a tua ausência e os dias que fica sem te ver.

Bem, vais perguntar: - Por que não trocar o marido pelo amante?

Pelo simples facto de que o amante, se for viver contigo, passará para o
papel de marido e logo, logo, terás de encontrar outro."

Engraçado, muito actual, e mais comum do que vocês possam pensar...né amiga? :-)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Já agora...os piropos.


Para os curiosos que não conheciam a Bar Refaeli.
Apetece-me dizer 4 ou 5 coisas:
" Esta mulher é um avião "
" Contigo fazia o meu Mitzvah, Bar"
" Melhor que um quadro de Refaeli"

Piadas de homem. É a nossa forma de poder ter alguma acção sobre a realidade.
Acho que os homens têm sonhos menos saudáveis e mais irreais do que as mulheres, não será? Seremos todos tão sonhadores assim?
O certo é que pelas palavras o homem sempre tentou concretizar a sedução, mesmo do que é quase inatingível, daí as odes, os poemas, as canções de amor, os quadros originados por musas. É geralmente um homem a fazer pela vida, e a mulher a testar o interesse e a avaliar as capacidades demonstradas. A verdade é que também é assim em quase a toda a natureza. O macho a demonstrar força, bravura, capacidade de fazer um bom ninho, e que poderá assim acasalar com a totalidade das fêmeas ou aquela fêmea que procura conquistar. Uma palavra para as feministas: sim, as mulheres também já tomam as rédeas nas relações, nos avanços, nos piropos. Benditas sejam. :-)
O piropo pode ser um meio de aproximação. Com classe é um "olá, impressionas-me", sem classe é um "grunf, sou um homem e passo por cima do respeito só para te dirigires a mim". Os piropos em público são os que devem ser mais pensados. Não é fácil ter estilo e elogiar uma mulher em público, mas acreditem, se ela estiver interessada ela vai adorar o gesto.
Já pensaram em como a sociedade não é assim tão diferente das sociedades animais? Como algumas das regras e mecanismos são os mesmos?
Não sou um Naturalista em relação á Sociedade, mas, no fundo somos animais, e muito do que somos corresponde á vida animal. Não sei se somos melhores ou piores, mas somos parecidos.

Os olhos...


via The Insider

Reparem nos olhos do Nicholas Sarkozy, que tem como esposa Carla Bruni. A "coitada" da Bar Refaeli, modelo israelita foi totalmente despida ;-).
Não peço ás mulheres que compreendam estes comportamentos, mas que pelo menos não nos martirizem. É irreflectido como coçar no meio das pernas.:-) Somos bebes grandes :-)


Vou escrever o que penso em relação a uma ideia: olhos, sensualidade, voyeurismo.
Li o texto de uma mulher que se queixava de sentir a perda de interesse aquando de conversas, verificando que os interlocutores muitas vezes dispersavam-se olhando para o decote dela.
Sim. "Mea culpa" tb. Mas eu consigo ter um olho no burro e outro no cigano....lol
Agora a sério, também o faço, como todos os homens. É inerente a ser-se homem e tenho a certeza que também a ser-se mulher, mas com mais discrição.
Vi um documentário um dia que os perús se excitavam com imagens de "peruas", e reduzindo sucessivamente o objecto, bastava apenas a cabeça estilizada de uma delas, para eles se excitarem. Não creio que nesse departamento sejamos tão diferentes dos perus. Que o diga a Playboy ou a Sexus. Um mero texto que nos faça fantasiar dar-nos-á excitação sexual. E porquê? Porque é a mente que nos dá essa sensação. É, como alguém dizia, o maior órgão sexual.
Voltando um pouco ao tema, tudo que está normalmente está escondido encerra uma carga de tensão sexual. No decorrer da evolução da moda, provavelmente na época das cortes francesas dos Luíses, aceitou-se valorizar os peitos femininos, apertando as cinturas e valorizando os decotes, que subiam ao ritmo da respiração. O poder feminino da sedução existe, e é usado também na forma como se vestem em relação ao homem e também em relação á "concorrência" feminina como forma de diferenciação e aproximação á corrente do grupo.
A mini-saia, o decote, as calças justas, tudo que valorize o corpo da mulher existe um pouco para potenciar esse poder da sensualidade e da atracção. Talvez por isso os islâmicos de linha dura ou os judeus ortodoxos e os quakers tenham as suas regras de vestuário. Uma mulher de burkha não terá problemas em que um homem se desconcentre com o que ela diz...a menos que passe outra mulher de burkha ao lado, com formas mais jeitosas...lol
Basta olhar para os anúncios e verificas que mensagens se escondem ou nem se escondem em cada spot a carros, e todos os artigos destinados a homens ou até a mulheres.
Há uma comunicação na sociedade baseada em sensualidade e o olhar apenas é a recepção dessa mensagem.

PS:
De algum lado deve ter surgido a expressão: os olhos também comem. Não sei se apenas nos aspectos culinários. :-)

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Os Óscares


Hoje é noite de Óscares. Dos filmes mais na berra apenas vi o Estranho caso de Benjamin Burton e tocou-me imenso. Ficarei desiludido se não ganhar várias estatuetas, mas, os óscares são bastante relativos. Não é fácil dizer que um filme é melhor que outro, é bastante pessoal, depende de quem o viu e como o encarou.
O que tenho a dizer é que a indústria da 7ª arte é bastante poderosa. Faz-nos sonhar, transporta-nos para os mundos que deseja, sem muito esforço mental, apenas com os nossos olhos e ouvidos. Faz o mesmo que um livro, mas quase uniformizando o que cada um vê. A mensagem sai imediata.
Uma vida não nos chega. Temos de ter os nossos heróis, lutar contra os nossos medos, gritar pelo que desejamos. Desde que começamos a pintar nas cavernas quisemos contar histórias, vibrar com acontecimentos, dignificar pessoas. Os filmes são uma forma de o fazer. Provavelmente os reality-shows são a forma mais recente.
Mas, voltando aos filmes. O nosso voyeurismo, a necessidade de viver noutros locais, outras vidas, são saciados pela estrutura narrativa, som, angulos de filmagem e pessoas que desempenham papéis, incorporam e transmitem sensações. Durante aqueles momentos deixamos de pensar nos nossos problemas, deixamos de ser "nós" e passamos a ser "eles". Tal como na lua, flutuamos e saltitamos entre a realidade que nos é apresentada e a realidade que vivemos.
A Sociedade insiste em hierarquizar capacidades, competências. Jogos olímpicos ( que ainda compreendo dado a mensuração e o espírito de competição e melhoria ), prémio Nobel, prémios internacionais de toda a ordem. A indústria de Hollywood não fugiu á regra até pela vantagem de ser considerado o melhor nesse ano e as conswequências em termos monetários e de carreira.
É um prazer ver um filme bom.

Operação


Dia 16 fiz 2 operações.
Aliás, 1 operação e 2 intervenções cirúrgicas :-) Ou ao contrário?
Pronto, operaram-me o menisco, que tinha uma ruptura, e o rabo, que tinha um quisto.
Correu tudo bem.
Foi no Santa Maria.
Situações giras: uma freira com os seus 40 anos, mais incomodada do que eu com a minha nudez, e a rapar-me o rabo.
Quanto deitado entrou uma enfermeira jovem, que julgo ter dito mais tarde no quarto que se recordava da minha cara. ( Estive por momentos inclinado a perguntar se era apenas disso que se recordava ) - Porta-te bem Pedro.
Ao colocarem-me o catéter fui brindado por 2 das mais giras enfermeiras da zona. Deus ainda existe no Santa Maria.lol. Uma bateu-me repetidamente na mão para encontrar a veia, a mais experiente veio ajudar. Fiquei com vontade que o catéter tivesse de ser no rabo...lol
Acordei no quarto de recuperação onde estavam outros doentes, e uma enfermeira jovem perguntou se eu estava bem. Do fundo do meu consciente disse "Estou na LaLa Land, " estou com a Alice no País das maravilhas" lol
Chegado ao quarto outra enfermeira dispôs a minha cama de forma a que eu pudesse ficar bem, e ao preparar o botão de chamar alguém, deixou cair o botão e fio na minha cara. "Que bela técnica para me fazer acordar"- disse eu.
Venho por este meio expressar o meu repúdio pela companhia de Seguros que não me deixou ficar internado uns 5 dias para poder convenientemente desfrutar dos conhecimentos médicos das enfermeiras, e para as poder ajudar a tornarem-se melhores profissionais aplicando os seus conhecimentos em "moi même". :-)
Brincadeira.
O meu Obrigado ao pessoal médico e que me prestou auxilio no quarto. Foi mais fácil do que o que eu pensava.

PS: Descobri o poder do urinol portátil. lol

2º Salão Erótico do Porto


Este 2º certame foi para mim o primeiro.
Foi giro.
Logo de inicio, um cartaz a avisar que não havia multibanco...lol. Boa. Lá tive eu de ir buscar dinheiro ao multibanco mais próximo. Algo a rever em futuras edições.
Depois, reparei que provavelmente a carrinha do teste da Sida provavelmente ainda não teria tido uso naquele dia. É verdade que ela existe e anda aí, mas...ninguém quer lembrar-se muito disso no dia em que se celebra os devaneios sensoriais a que chamamos Sexo.
Entrei e fui percorrendo as bancas, lá recebi uma Tabu ( ainda existe ) e vi o Sexus de soslaio. Depois fui ver os shows free e fui filmando. Recebi um olá acenado por uma loira que soube que estava a ser filmada a que eu respondi com outro aceno ( não sou mal educado) :-)
Muito giro e muito saudável, com vários casais e gentes de todas as idades, se bem que podiam ainda ser mais. Vi um show lésbico a 3 euros do melhor...com uma loirinha chamada Bianca que é lindíssima. Ambas da Républica checa. Faz pensar...
Por um lado, o voyeurismo é inerente ao homem e mesmo aos animais, e é algo com muita força, mas...no fundo, é um mundo com contornos estranhos e relações monetárias difusas. Os nossos instintos afloram na pele, e nota-se perfeitamente no olhar dos homens e de algumas mulheres que lá estavam que...cheirava a hormonas no ar. Gostei tanto da cena que no fim passei por lá mais uma vez para queimar na retina mais umas imagens da Bianca. Sou sensível á beleza feminina.
Quase todas altas e magras, pecando, na minha opinião, por demasiado magras.
Pensei que a atmosfera fosse mais pesada e soturna, mas...estava solta, muita gente a gracejar. Do melhor, duas situações. O miúdo de 19 anos chamado ao palco por 2 strippers, que não sabia onde se meter o que deixar despir...( o pai no público a incentivar )e o caso de um casal de amigos que 2 outras stripers fez com que se beijassem e pedissem um ao outro em namoro, para além de roços, amassos e uma volta ao palco com ele de gatas com uma das stripers nas costas e a "nova namorada" a puxar o cinto que servia de trela improvisada.. Vamos ver no que dá, mas era giro poder contar aos netos que começaram o namoro num festival erótico :-).
Foi muito querido.
Estava eu a virar-me para continuar a passear após uma vista de olhos num show, quando vejo Sophie Evans a fazer strip. Nem tenho tempo para me recompor e ela olha para mim e chama-me para lhe desapertar a tanga preta (os outros estavam todos com máquinas fotográficas). Aprendi que é melhor estar sem máquina...lol. Aqui o Je diz-lhe: " hi sophie" , chego-me perto e pergunto: " with my tongue"? ( a miuda devia querer que lhe desapertasse com as mãos, mas...pois...eu tinha de inventar...lol). Mas a língua no atilho deve ter ficado muito cénica e por magia ( e as mãos dela ) aquilo abriu-se. Um espectador seguinte ficou indiferente á oferta da Sophie da tanga e não a foi buscar. Dá Deus nozes a quem não tem dentes... :-)
Magra como as outras, apesar disso é giro ver alguém famoso. É como ver o Papa, mas ao contrário..:-D
Outra imagem digna de nota é a quantidade de casais que se viam a escolher e a levar filmes porno. Agrada-me ver que o casal toma isso como parte da sua vida conjunta.
Longa vida á vida sem tabus nem preconceitos.


PS: ( foi giro também contar aos pais conservadores:" fui ao pavilhão multiusos ver o Salão Erótico ) - sou mau.

O "único" dia dos Namorados.


Bem...que posso eu dizer?
Provavelmente muito do que eu possa dizer poderá advir de estar só, e não acreditar totalmente no amor como alguns pintam, mas pior que isso, não acredito no dia dos namorados.
Quando há afectividade entre duas pessoas, não há Dia, há dias...e é tão bom receber carinho e ternura num dia não esperado. O dia dos namorados quebra esse espírito: já estás a pensar que vais receber algo.
Não sou contra demonstrações públicas de afecto ( não fosse eu um cadito voyeur), mas...há muito de show-off neste dia. O dia serve também para assegurar ás mulheres que estamos a ser fiéis ( se estamos com elas é porque só namoramos com elas mesmo). Aos homens serve para tentar manter-lhes a fé e alcançar um pouco mais. :-)
Vá, estou a ser mauzinho, provavelmente por inveja.
Pode não ser tudo isto, mas continuo na minha...Dia dos namorados? É como dia dos beijos, como se houvesse um dia para dar beijos. Há 365, e devia ainda haver mais, tão bons que eles são.
A paixão é algo giro, mas mutável como tudo na vida...Deve ser vivida enquanto existe, e é uma droga que vicia, vai directamente ao cérebro e faz os seus efeitos.
Muito bom e inebriante.
Mas que seja dia dos Namorados todos os dias. Quando lhe olhares nos olhos depois de fazer amor diz: amo-te. Mas só o digas se o sentires. Adormece e agradece a oportunidade que tens de ter alguém nos braços.
Muitos beijinhos, antes que o Dia Acabe.

A Guerra dos Mundos.


Gostava de ser mulher por 1 ano.
Não sejam preconceituosos e pensem. Já viram as vantagens em poder ver a vida pelos olhos delas? Seremos assim tão diferentes?
Não creio. Acho que somos a mesma massa. Talvez mais arredondada no caso delas ( benditas curvas ). Mas sei perfeitamente que somos cozidos em fornos diferentes e com diferentes temperaturas. Todos somos, mas há coisas que podemos perceber que são mais comuns no grupo dos homens e das mulheres.
Somos criados em contextos diferentes e pressões diferentes. Sinto que quando jovens, os rapazes têm um contexto de grupo em que qual alcateia há uma pressão para demonstrar que somos fortes, e que não podem entrar no nosso circulo e que qualquer ameaça será respondida pela força. A testosterona deve ter algum poder nisso. Somos mais duros que as meninas, e demonstrações de afecto e sentimentos são encarados como sinais de fraqueza.
As raparigas, pelo seu lado, têm umas formas de comportamento. Trocam entre si sinais de afecto e de carinho ( coisa impensável nesta sociedade para os homens, seria retornar aos tempos dos romanos ).
O ponto fulcral nisto tudo é que, para além da diferença de comportamentos aceitáveis, pressões familiares e cópia de figuras geracionais, há uma grande diferença que se demonstra após a puberdade.
Elas têm a fechadura e nós temos a chave. E a fechadura tem protecção á frente, daí que para todos os efeitos, são elas que determinam quando a porta abre. Isso dá-lhes enorme poder, responsabilidade castradora e também problemas. Quanto ao poder, Cleópatra e Salomé explicar-vos-ia o 1º ponto. Todas as virgens sacrificadas, todas as mulheres apedrejadas no Oriente ( ainda actualmente ) e todas as despejadas pelos pais por serem sexualmente activas podem explicar-vos o 2º ponto, e todas vocês podem explicar o 3º ponto.
Mas eu ajudo-vos. Estes problemas nascem do tal desequilíbrio. O Sexo existirá quando vocês quiserem, ou nós vos convencermos. Retiro daqui a figura da violação pura que me enoja profundamente e que não entendo como pode dar prazer ( se bem que a violação teatralizada a dois, me agrada...)
Como vocês têm esse poder imenso, fazem com que muitos de nós vos mintamos , vos prometamos, para obter esses momentos. Tal como muitas fazem o mesmo para o vestido YSL ou o estatuto de esposa do Dr X ou Governador Y.
E é isso que é triste. Uns mentem para usufruir, outros protegem-se do mundo com receio de serem enganadas. E a clivagem aumenta. De um lado os homens percebem que para terem o que os outros têm, precisam de mentir e fingir o que não são. Do outro lado elas tornam-se mais fechadas e mais cientes do seu poder. O fosso aumenta com mais mentira, mais tabus e menos sexo.
No fim é o sexo responsável, entre 2 pessoas adultas, que não querem passar uma noite fria, comunicativo, de alma aberta, aquele que perde no meio disto tudo.
Continuamos a ser aqueles miúdos com 5 , 6 anos que olhamos um para o outro , curiosos com as diferenças corporais e comportamentais. Maravilhados porque precisamos um do outro para sermos felizes.
Qual o mal de nos deitarmos juntos, sermos sinceros, percebermos as debilidades de cada um , e esperar o amanhecer, com bem mais alegria de manhã do que no dia anterior?
A verdade é o caminho para a felicidade - acredito eu.

Sejam felizes e verdadeiros. Quem magoa alguém com culpa antecipada é responsável pela diminuição de felicidade dessa pessoa.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

A razão do titulo...


Boa noite
Ao iniciar este blogue, pensei em que titulo dar-lhe. A primeira ideia foi de alguma forma homenagear António Variações, um dos meus ídolos. Mas depois pensei...pois...e de pensar é que toda esta instabilidade interior surge. Variações dos meus delírios era giro, mas...muito mais pensologoexisto, pensoblogoexisto, pensoblogosofro. A primeira era demasiado imediata, a segunda estava "ocupada" e a terceira ficou a forma final.
Mas, sou eu uma pessoa sofrida? Sofro assim tanto? Não, nada disso, completamente o oposto. Não sofro a fome, a incapacidade física ou mental que assola alguns, que podem dizer que realmente sofrem. Mas é verdade que toda esta ânsia de perceber as coisas, desmistificar a sociedade e os elementos e os processos que a compõem me causa algum desconforto.
Acho que os grandes pensadores, os poetas, os cantores inspirados devem ter algo que os mova, algo que os inspire. A alguns creio ser o sofrimento, a coceira interna que nos provoca a criar. O poeta insatisfeito, com raiva da imperfeição do mundo e chateado com a sua própria construção, sente-se obrigado a deitar cá para fora as suas mágoas e pensamentos em forma de palavras. A outros pode ser que as substâncias que tomam os façam ver a realidade de forma diferente e relativa.
De tanto pensar nas coisas, ou por se sentirem á margem, diferentes, ou uma gerar a outra e vice-versa, talvez sejam impelidos a mostrar ao resto da sociedade o quão relativo é isto tudo, e quão falsas são as matrizes e as regras que seguimos.
É preciso estes "anarquistas", "desmistificadores", para nos mostrarem que o mundo em que vivemos não passa de um conjunto de representações, qual Matrix, que um dia nos desligará a "tomada".
Será que tomar consciência de tudo isto é benéfico á saúde mental? Não sei...não sei se seremos mais felizes como membros do pelotão ou isolados trepadores sem poder aproveitar a protecção contra o vento. Sei que cada um tem a sua natureza e não a deve contrariar.
Cuidem-se...

O Amor é...


Hoje deixo-vos um texto escrito pela minha pessoa há 4 anos, em 31-01-2004.

O Amor é...

O Homem é um ser sensivel, encontra espaço na sua mente para se sentir feliz, triste, curioso, angustiado. Depara-se com os sentimentos logo nos seus primeiros anos de vida. Sente-se bem, sente-se mal, sente necessidades, sente prazer,e cresce com todas essas formas de sentir. Recebe amor dos seus pais e retribui com uma devoção imensa para com as pessoas que lhe tentam dar tudo o que ele necessita. Mas o Homem cresce, e aquele “mundo perfeito” começa a desmoronar-se. Os seus pais envelhecem, o seu aspecto fisico altera-se, começa a sentir necessidades de explorar outro tipo de prazeres, de interação. Procura assim um outro tipo de reconhecimento, de alguém que não “é obrigado” a senti-lo. Procura alguém cuja companhia o faça sentir-se bem, e que o faça sentir-se como razão da felicidade da outra pessoa, uma pessoa importante para a outra pessoa.

A Sociedade diz-nos que é normal amar, e principalmente que é normal amar uma pessoa de outro sexo. Tenta mostrar-nos também que é a razão válida para que duas pessoas encontrem na outra a companhia para o resto da vida. Mas penso que nos mostra apenas a resposta. O critério razoável para que deixemos de procurar. È-nos apresentado um conceito difuso de amor ou assumindo as formas de paixão, companheirismo, amizade, sentimento filial.

Todos nós sentimos maior ou menor empatia uns pelos outros, e todos, mais tarde ou mais cedo sentimos necessidade de alguém, uma companhia que ria connosco, que se sinta feliz com a nossa felicidade que a compartilhe, que nos apoie nos maus momentos, que envelheça connosco, que viva a sua vida em comunhão com a nossa, que aceite os nossos defeitos porque necessita de nós.A questão torna-se mais complexa quando tentamos observar até que ponto a nossa escolha terá sido a óptima. Ninguém ama sozinho, ou melhor, pode até amar, mas não ama para sempre, pelo seu próprio instinto de sobrevivência. Tem de haver assim uma coincidência de vontades, de escolhas, o que limita à partida as escolhas de cada um. Depois estamos limitados ao espaço demográfico que percorremos. Muitas vezes é apenas a coincidência, o acaso, a sorte que nos apresenta a pessoa com quem passaremos o resto da vida , e que determinará o rumo do nosso futuro. Também aqui nada é perfeito.No inicio apaixonamo-nos pela ideia que fazemos da pessoa por quem estamos atraidos, não reconhecemos ainda todos os seus defeitos, ou subvalorizamo-los em relação ás suas virtudes. Qualquer relacionamento é um investimento de tempo e sentimentos, e raras são as pessoas que pensam pô-la em risco com um novo relacionamento (principalmente quando se sentem felizes com quem estão), portanto não se procura outra pessoa quando se está com alguém, mas a verdade é que se não estivesse”ocupada” essa pessoa era capaz de responder positivamente a avanços de determindas pessoas. Dizemos que amamos com quem estamos, que é o amor da nossa vida, mas quando acaba...afinal não era aquela pessoa, não era amor de verdade, etc... E recomeçamos...Não existe verdadeira liberdade de escolha. Temos de escolher entre as pessoas que conhecemos na altura e ser escolhidos. Muitos relacionamentos que começaram após uma outra ruptura não se teriam iniciado se as pessoas no relacionamento anterior fossem mais compreensivas. Quantos relacionamentos não acabam por mero orgulho? Mas dir-me-ão: Se acabou era porque não eram compativeis. Pois, mas quase todas as pessoas já encontraram imcompatibilidades dentro do casal e nem por isso acabaram, entenderam-se, deram espaço de manobra ao relacionamento. E se o amor é um jogo de respeito e aceitar poder “perder” para que o relacionamento perdure, então o relacionamento entre 2 pessoas, quaisquer que elas sejam não é tão ideal e perfeito quanto isso, mas mais fácil de acontecer se for empreendido entre 2 pessoas sensatas.

Talvez o meu erro tenha sido esse, querer acreditar no amor romântico propagandeado pela sociedade principalmente em épocas de S. Valentim, nos filmes, pelas próprias pessoas e acreditar num amor que nada mais é do que desejo e paixão. Não existe amor perfeito e eterno. É eterno enquanto durar, mas se tal é, porque existe?? Porque não nos deixamos levar pelas marés das emoções,continuamente em direcção das diferentes pessoas que desejamos? Porque a Sociedade e nós próprios necessitamos de segurança. A procriação, fruto do desejo sexual e das necessidades próprias da constituição de familia não se coaduna com a não existência de casais, seguros bem identificados como progenitores de determinada criança.

Mas desejo e paixão, se bem que seja o inicio da relação, é algo mais comum, menos criterioso, o que retira o carácter divino do amor com “A” grande. Ou seja, ficamos com quem nos calha na “sorte” e com quem aceitamos ser uma “sorte” estarmos. E se depois encontrarmos alguém que nos parece mais apropriado. Devemos quebrar uma relação já cimentada pelo tempo, conhecida, para partir em direção a um desconhecido aparentemente mais atraente? Poucas o farão, mas apenas o fazem porque já escolheram, num determinado tempo e em virtude de determinadas opções...que não são eternas. Pedem-nos para escolher, baseados numa “amostra” ( as pessoas que conhecemos) , mas não nos mostram o “catálogo” todo simplesmente porque tal é impossivel.

Assim pedem-nos para depois de ter escolhido da amostra, esquecer que existem mais amostras e aceitar a escolha que fizemos ou caso contrário viveremos infelizes...


Um dia relerei e reanalisarei este texto. Quem sabe no dia dos Namorados :-)

Hoje é o 1º dia do Resto da tua Vida...


Bom dia...
Não sei se é dia, noite, ou manhã, mas...mais um dia passou.
Não, não é tragédia nenhuma, tal como não deves lamentar mais uma lufada de ar que deixaste sair pelas narinas. Faz parte...
Já sabia da minha relação estranha com a morte e a perda. Eu, que ambiciono o ganho e a melhoria, tal como todos os seres humanos neste mundo. A morte é assim, o término, de algo que apesar de não ser extremamente bom, é o possível e bem melhor que o Nada.
O "Estranho caso de Benjamim Button" teve o condão de despertar sensações adormecidas. Assim como o fizeram outros filmes que me puxam da cadeira e me transportam de dimensão para a realidade que aquelas luzes e sons articulados desejam. Assim sendo, cheirei a morte novamente ao longe. Senti-a naqueles relatos de 2 pessoas descompassadas no tempo. Muito bonito, muito forte, tal como a morte.
Chorei. Tinha que chorar. Olhando aquele fim no inicio da vida de Benjamim, percebemos o ciclo por que passamos. Tudo começa e tudo acaba.
32 anos...32 anos é ser-se jovem..Pois. 25 era mais. Mas 25 anos não encerravam em si a lucidez que os passos me trouxeram e o infortúnio de saber que apesar de todas as curvas da estrada, a meta é sempre a mesma.
A realidade não é alterável como nos filmes. É pena. Como nem todos podem ter o que desejam a realidade dá a cada um nada mais do que aquilo que pode. Vivamo-la então. "O tempo não pára". Não parou para Cazuza, não parará para ninguém. Só parará a consciência que temos dele.
Se não o tempo e a morte, que outros fenómenos nos fariam querer criar tanto...na esperança de deixar algo para a posteridade? Quadros, poemas, edifícios, viagens, filmes, filhos, modas, canções...
É a mortalidade que nos torna fracos e poderosos.
É a mortalidade que me "obrigou" a escrever.
Beijos e abraços, concidadãos...

E no inicio era o Verbo...


Como começou tudo isto?
Mão divina? Mão extra-terrestre?
Caos e Ordem? Explosão de matéria?
Talvez tenha surgido como este blog. Havia a tensão necessária, havia a necessidade e havia o meio. A partir daí...tudo resultou no que sabemos.
Ou então não sabemos, dado que neste mundo poucas são as coisas que dominamos a 100%, em controlo ou em conhecimento.
Quanto a este micro universo que hoje "explodiu" e que não será criado em 7 dias, não sei no que irá resultar, mas sei que a matéria e a anti-matéria estão dentro de mim, há já muitos anos e quero que cientistas o estudem, entusiastas o admirem, e analfabetos, filósofos e poetas o leiam.
É o comprimido efervescente que me pode ajudar neste momento.
Até amanhã.

Novo Blog


Bom dia
Alterei todo o conteúdo do pensoblogosofro para este novo blog.
É verdade que nem todo o pensamento leva ao sofrimento. Saber "demais" ou pensar demais não ajuda á felicidade, mas dá capacidades extras. É interessante tentar gerir o poder de pensar. Acredito que muitas das depressões na actualidade se geram por pensarmos demais, por querermos demais da vida, por sermos exigentes em demasia. Como se a Sociedade não nos peça já demais...ainda nós pedimos de nós próprios.
Acreditar em Deus, no Amor, na Felicidade, ser optimista permite-nos criar defesas para as desilusões do dia a dia. E como a maioria descobriu que só tem esta vida, pede o máximo dela. E a vida não pode dar tudo a todos.
Tenho poucas "fés". Habituei-me a dar-me mais valor por desconstruir a Sociedade. É um fardo e uma alegria. A alegria de saber e o fardo de não olhar para as coisas como um acto de magia, e sim como os truques que estão por detrás.
Isso permite-me uma coisa...ser mais solto do que antes, brincar com as regras impostas, ser mais feliz por ser mais doidinho que o "normal".
Vivamos então...