
Bom dia...
Não sei se é dia, noite, ou manhã, mas...mais um dia passou.
Não, não é tragédia nenhuma, tal como não deves lamentar mais uma lufada de ar que deixaste sair pelas narinas. Faz parte...
Já sabia da minha relação estranha com a morte e a perda. Eu, que ambiciono o ganho e a melhoria, tal como todos os seres humanos neste mundo. A morte é assim, o término, de algo que apesar de não ser extremamente bom, é o possível e bem melhor que o Nada.
O "Estranho caso de Benjamim Button" teve o condão de despertar sensações adormecidas. Assim como o fizeram outros filmes que me puxam da cadeira e me transportam de dimensão para a realidade que aquelas luzes e sons articulados desejam. Assim sendo, cheirei a morte novamente ao longe. Senti-a naqueles relatos de 2 pessoas descompassadas no tempo. Muito bonito, muito forte, tal como a morte.
Chorei. Tinha que chorar. Olhando aquele fim no inicio da vida de Benjamim, percebemos o ciclo por que passamos. Tudo começa e tudo acaba.
32 anos...32 anos é ser-se jovem..Pois. 25 era mais. Mas 25 anos não encerravam em si a lucidez que os passos me trouxeram e o infortúnio de saber que apesar de todas as curvas da estrada, a meta é sempre a mesma.
A realidade não é alterável como nos filmes. É pena. Como nem todos podem ter o que desejam a realidade dá a cada um nada mais do que aquilo que pode. Vivamo-la então. "O tempo não pára". Não parou para Cazuza, não parará para ninguém. Só parará a consciência que temos dele.
Se não o tempo e a morte, que outros fenómenos nos fariam querer criar tanto...na esperança de deixar algo para a posteridade? Quadros, poemas, edifícios, viagens, filmes, filhos, modas, canções...
É a mortalidade que nos torna fracos e poderosos.
É a mortalidade que me "obrigou" a escrever.
Beijos e abraços, concidadãos...
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