
Hoje é noite de Óscares. Dos filmes mais na berra apenas vi o Estranho caso de Benjamin Burton e tocou-me imenso. Ficarei desiludido se não ganhar várias estatuetas, mas, os óscares são bastante relativos. Não é fácil dizer que um filme é melhor que outro, é bastante pessoal, depende de quem o viu e como o encarou.
O que tenho a dizer é que a indústria da 7ª arte é bastante poderosa. Faz-nos sonhar, transporta-nos para os mundos que deseja, sem muito esforço mental, apenas com os nossos olhos e ouvidos. Faz o mesmo que um livro, mas quase uniformizando o que cada um vê. A mensagem sai imediata.
Uma vida não nos chega. Temos de ter os nossos heróis, lutar contra os nossos medos, gritar pelo que desejamos. Desde que começamos a pintar nas cavernas quisemos contar histórias, vibrar com acontecimentos, dignificar pessoas. Os filmes são uma forma de o fazer. Provavelmente os reality-shows são a forma mais recente.
Mas, voltando aos filmes. O nosso voyeurismo, a necessidade de viver noutros locais, outras vidas, são saciados pela estrutura narrativa, som, angulos de filmagem e pessoas que desempenham papéis, incorporam e transmitem sensações. Durante aqueles momentos deixamos de pensar nos nossos problemas, deixamos de ser "nós" e passamos a ser "eles". Tal como na lua, flutuamos e saltitamos entre a realidade que nos é apresentada e a realidade que vivemos.
A Sociedade insiste em hierarquizar capacidades, competências. Jogos olímpicos ( que ainda compreendo dado a mensuração e o espírito de competição e melhoria ), prémio Nobel, prémios internacionais de toda a ordem. A indústria de Hollywood não fugiu á regra até pela vantagem de ser considerado o melhor nesse ano e as conswequências em termos monetários e de carreira.
É um prazer ver um filme bom.
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