
Depois do texto anterior decidi escrever sobre a traição. Pensava só o fazer mais tarde, mas, o melhor é escrever sobre o tema que me vier à cabeça nesse dia.
Este texto será a primeira abordagem.
Quando duas pessoas se conhecem e se agradam a ponto de prometerem exclusividade (seja essa promessa impossível ou não), devem fazer tudo para o cumprir. Mas mais que a exclusividade, ambos devem ao outro sinceridade, respeito e cumplicidade. Assim sendo não acredito em amor total, em partilha de vida quando parte dessa vida tem de ser escondida do outro, dada a infidelidade.
Acredito que não é fácil dizer não a algumas situações de aventura, mas acredito mais que dizer esse "sim" é o inicio do fim da relação e tudo, mas tudo deve ser conversado entre 2 pessoas que se amam. Basicamente, depois de decidirem passar a vida juntos devem ao outro total transparência. A compreensão deve andar de mão dada com a partilha de situações, e o ciúme deve ser o mais saudável possível. São 2 pessoas que tomaram uma decisão ( passível de recuo ), mas estarão juntas enquanto as duas assim quiserem, nenhuma é propriedade da outra.
Se há "flirts comunicativos" externos à relação? Possivelmente. Ambos continuam a ser pessoas integradas na sociedade, objectos de desejo e de atenção. Mas isso não implica que nenhum coloque em causa a relação por causa de outra pessoa. Se o fizer, que o faça de forma consciente, comunicando que deseja terminar a relação actual e iniciar uma outra. Mas o problema agora é outro. O traidor não consegue deixar o certo, conhecido e mais monótono, pelo incerto, mais misterioso e que parece voltar a dar pimenta à vida, mas que pode ser apenas uma miragem. Assim o traidor tenta o "malabarismo" das 2 relações (quando não são mais).
A razão porque traímos? Basicamente a vontade de mais ( ás vezes menos, mas diferente ). O ser humano quer tudo.Quer ser solteiro e ser casado, quer as vantagens de todas as situações, mesmo que incompatíveis. A diferença é que as relações não são actos de consumo, pois implicam pessoas externas a nós.
Há pouca coisa pior que ser traído.
1º - é uma mentira de uma pessoa a quem demos muita importância e a quem demos a nossa fidelidade, ( ou não ), em quem investimos tempo, energia, sentimentos, sonhos, objectivos.
2º- Desprestigia e desvaloriza todos os momentos bons passados e implica voltar ao ponto 0, ou até -1 ou -2, dada a dor e a desconfiança que surge após a traição.
3º- Retira toda a importância que julgávamos ter. Há uma outra pessoa que tem igual ou maior importância na vida dele, que nos substituiu, seja na cama, ou no coração dele. É um murro no nosso ego e auto-estima.
O pior nem é o que ele(a) fez com a outra pessoa. O pior é ter-nos enganado. quantas vezes nos enganou e quantas vezes mais nos iria enganar?
A "segurança" que o símbolo casamento tinha, foi completamente posta por terra.
Mas já ninguém é enganado pelo símbolo casamento. Ás vezes parece que até piora :-)
No meu caso...a sensação de ser descoberto na traição é-me tão amarga, que prefiro dizer sempre a verdade e prefiro o mesmo. A má verdade dói menos que uma má mentira.
A traição conhecida e permitida, não é traição. É partilha.
Mas isso desenvolverei noutro texto.
"A traição conhecida e permitida, não é traição. É partilha."
ResponderEliminarEm parte concordo, mas por vezes ainda existe a traição em mente e essa dificilmente desaparece, e será traição?
Várias vezes me questionei, pois várias vezes fui acusada de trair em pensamento, quando na verdade não passavam de simples "flashes" de um acto que não se consumou, pois gostava de quem tinha ao lado, amava, digo.
Concordo plenamente com este texto e infelizmente é prática corrente trair, nem que seja com o pensamento (já acusava o outro).
Não sei para onde caminham as relações, ou mesmo se caminham, acho que se dão apenas dois passos, envolvimento e andamento que se faz tarde!!!
Aguardo um pensamento livre de "traições" que por mim possam ser pensadas e aí haverá sintonia, harmonia, confiança, fidelidade (ena parece que se caminha agora :)) e poderia continuar mas resta-me esperar.
Não procuro...espero!!!
Gostei da objectividade,
Jinhos,
NursedoAmor ;)